2023 foi o mais seco para rios do planeta em mais de 30 anos



O relatório sobre o estado dos recursos hídricos mundiais destaca a grave pressão sobre o abastecimento de água a nível mundial, com cinco anos consecutivos de caudais fluviais e afluências às albufeiras abaixo do normal. Esta escassez está a afetar as comunidades, a agricultura e os ecossistemas.

Além disso, os glaciares registaram a maior perda de massa dos últimos 50 anos, com 2023 a marcar o segundo ano de perda generalizada de gelo a nível mundial.

O relatório salienta também que 2023 foi o ano mais quente de que há registo, marcado por secas prolongadas e inundações generalizadas, impulsionadas tanto pela transição do La Niña para o El Niño como pelas alterações climáticas induzidas pelo homem.

O relatório oferece uma avaliação global dos recursos hídricos, com base em dados de serviços meteorológicos e hidrológicos para informar os decisores em sectores sensíveis à água e na gestão do risco de catástrofes. Ele complementa a série “State of the Global Climate” da OMM.

Agora no seu terceiro ano, esta edição é a mais abrangente, incluindo novos dados sobre lagos, reservatórios, humidade do solo e glaciares.

O seu objetivo é criar um conjunto de dados globais de variáveis hidrológicas para apoiar sistemas de alerta precoce para riscos relacionados com a água até 2027.

Com 3,6 mil milhões de pessoas a enfrentarem atualmente escassez de água, prevendo-se que exceda os 5 mil milhões em 2050, o relatório sublinha a necessidade urgente de ação para cumprir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 relativo à água e ao saneamento.

 

 





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