Madeira é determinante para Portugal atingir 30% do território em regime de proteção



O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, disse hoje a região autónoma está a “contribuir decisivamente” para que Portugal atingia a meta definida pela União Europeia de ter 30% do território em regime de proteção em 2030.

“Os madeirenses e os porto-santenses devem ter um orgulho imenso, porque a Madeira é hoje, no mundo, das regiões que tem maior percentagem de áreas protegidas, sejam terrestres, sejam marítimas”, afirmou.

O chefe do executivo madeirense especificou que 89% do mar territorial do arquipélago e 65% da sua área terrestre estão abrangidos por estatutos especiais de proteção.

“Muito poucas regiões do mundo têm esta percentagem de proteção dos ecossistemas”, sublinhou.

Miguel Albuquerque falava na cerimónia do Dia do Vigilante da Natureza, que decorreu na Gare Marítima do Funchal, na qual apresentou alguns indicadores que, segundo disse, servem para “desmistificar as recorrentes barbaridades” acerca de questões relacionadas com a proteção ambiental.

“A Madeira, no quadro nacional, através de sucessivos e importantes estatutos de proteção da natureza, está a contribuir decisivamente para que Portugal consiga atingir aquele objetivo, que é esperado pela União Europeia em 2030, de 30% do território com área protegida”, afirmou.

Albuquerque sublinhou que este trabalho começou com a autonomia, em 1976, e prossegue atualmente, apesar de ser “muito pouco apoiado em termos de fundos europeus e muito pouco apoiado a nível de financiamento”.

A estratégia de biodiversidade da União Europeia para 2030 prevê a inclusão de 30% do território europeu em áreas protegidas e o presidente do Governo da Madeira considera que a região está a dar um contributo decisivo para que Portugal atinja essa meta.

“A Madeira, neste momento, é detentora da maior área protegida do Atlântico Norte, que é a reserva das Selvagens, cuja área de proteção foi ampliada para 2.677 quilómetros quadrados”, lembrou, acrescentando que, no futuro, esta reserva será um “polo aglutinador” das investigações sobre alterações climáticas e do estudo da capacidade de regeneração das espécies.

Miguel Albuquerque considerou, por outro lado, que a região enfrenta agora três grandes desafios relacionados com a proteção da natureza, sendo o mais importante a criação de faixas corta-fogo nas montanhas, seguido da diversificação da oferta para atenuar o impacto da carga turística no meio natural e o combate às plantas infestantes.

O Dia do Vigilante da Natureza assinala a criação do Corpo de Vigilantes da Natureza, em fevereiro de 1993, uma unidade atualmente composta por 42 elementos, sob a tutela do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza da Madeira, com funções na área da vigilância e conservação das reservas naturais e apoio ao Serviço de Proteção Civil.





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