Pacto Climático capacita pessoas para ativismo ambiental em quatro locais do país



O Pacto Climático Europeu vai dinamizar sessões para capacitar pessoas para o ativismo ambiental em Pombal e Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, na Guarda, e em Tourencinho, no distrito de Vila Real, revelou hoje a organização.

“Não podemos esperar que os governos locais e nacionais resolvam todos os problemas causados por uma mudança tão estrutural e tão profunda. Viver em democracia implica que os cidadãos sejam ativos e capacitados para a transição climática”, destacou a embaixadora do Pacto Climático Europeu Diana Neves.

O projeto “Semear Ação” vai levar, no sábado, a Pombal, Caldas da Rainha e Guarda “escolas de ativismo”, oferecendo às comunidades ações de formação para enfrentarem problemas ambientais e saberem mobilizar-se de forma eficaz.

As “escolas de ativismo”, da responsabilidade da ZERO e Transitar, estarão também na semana seguinte, no dia 05 de abril, em Tourencinho, no concelho de Vila Pouca de Aguiar.

A embaixadora do Pacto Climático Europeu Diana Neves marcará presença no sábado no Bioparque da Charneca, em Pombal, intervindo na escola de ativismo promovida pelo movimento Amigos do Arunca.

A escola de ativismo nas Caldas da Rainha é organizada pela Ágora – Associação Ambiental, enquanto a da Guarda é promovida pelo movimento Ação Floresta Viva.

Para António Gonçalves Pereira, embaixador do Pacto Climático Europeu e coordenador do Ecomood Portugal, que participará na ação das Caldas da Rainha, estes serão “dias de empoderamento em ação climática”.

“As decisões políticas dependem muito da opinião pública, o que dá oportunidade aos cidadãos de influenciarem as medidas que devem ser tomadas para a transição climática. É necessário, por isso, que as pessoas estejam mais bem informadas para originarem melhores decisões”, referiu.

Já Rita Prates, da ZERO – a associação que coordena em Portugal o Pacto Climático Europeu – evidenciou a necessidade de os cidadãos conhecerem e saberem manejar as ferramentas democráticas que podem usar para expressar as suas preocupações, entre as quais petições, reuniões, manifestações, consultas públicas ou assembleias de cidadãos.

“É muito importante que as pessoas se familiarizem com as formas de fazer ativismo, de lutarem pelos seus direitos ambientais e de alcançarem modos adequados e justos de promoverem a transição climática”, alegou.

Nos quatro locais onde irão decorrer as escolas de ativismo haverá também o Mural do Clima, um jogo com abundante informação sobre indicadores ambientais e climáticos.

Segundo a organização, todo o jogo se desenrola numa lógica de causa-consequência, transmitindo conhecimento e sublinhando os fenómenos físico-químicos que estão em curso no planeta devido às alterações climáticas.

O Mural do Clima é um ‘workshop’ científico, baseado no trabalho das Nações Unidas, que é disponibilizado em Portugal pela associação Transitar.

“A lógica do Mural do Clima parte da consciência de que só poderemos obter mudanças se a sociedade estiver consciente do problema ambiental que enfrenta e o conhecer com alguma profundidade”, sustentou Aurore Delaunay, dirigente da organização ambiental Transitar.

O Pacto Climático Europeu é uma iniciativa central do European Green Deal promovido pela União Europeia, que tem por objetivo mobilizar as comunidades na Europa para os investimentos, atividades e processos que sejam progressivamente menos dependentes dos combustíveis fósseis e da emissão de outros gases com efeito de estufa, promovendo a transição para modos de vida mais seguros e saudáveis e para uma economia sustentável.






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