Conferência Nosso Oceano mobiliza 133 MMUSD em 10 anos para intervenção oceânica



A Conferência Nosso Oceano (CNO) mobilizou 133 mil milhões de dólares em financiamentos para proteção oceânica na última década, segundo um relatório lançado na segunda-feira pelo World Resources Institute (WRI), para assinalar o 10.º aniversário do evento.

Mas o documento também realça a necessidade urgente de uma ambição maior, em particular à luz dos desafios colocados pelas metas estabelecidas para o oceano global, como o Tratado do Alto Mar e o Objetivo 30×30, que apela aos Estados para protegerem 30% da terra e da água até 2030.

Em comunicado alusivo à década da CNO, o WRI destacou que esta tornou-se uma plataforma de junção de governos, empresas e sociedade civil, onde se estabelecem compromissos para a conservação marinha, a obtenção de soluções para a rutura climática, baseadas no oceano, e iniciativas sustentáveis para a economia azul.

Os 2.600 projetos apresentados no âmbito da conferência ao longo de uma década têm um valor aproximado de 160 mil milhões de dólares. Desta verba, com referência a janeiro último, 133 mil milhões já foram aplicados ou estão em vias disso.

A maioria dos projetos financiados foi para projetos climáticos baseados no oceano, desde parques eólicos aos navios ecológicos.

A CNO agrega cerca de mil personalidades de vários setores, incluindo chefes de Estado e dirigentes governamentais, de mais de 100 Estados e representantes de mais de 400 organizações internacionais e não-governamentais.

Desde a realização da CNO, nos EUA, em 2014, cerca de 2.600 compromissos voluntários foram anunciados em conferências posteriores, em Chile, União Europeia, Indonésia, Noruega, Palau e Grécia. Hoje, a CNO evoluiu para uma plataforma que é central na definição de normas globais para os oceanos.

Entre as conquistas da CNO estão a expansão das áreas marinhas protegidas, a redução da poluição marinha com plástico, o combate à pesca Ilegal, Clandestina e Desregulada, a ratificação do Tratado do Alto Mar, o apoio à investigação, ciência e tecnologia oceânica e a resposta ao impacto da rutura climática no oceano.






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