Furacão Sandy colocou os nova-iorquinos a caminhar pelas ruas
Nas próximas semanas, a grande parte dos nova-iorquinos vai caminhar muito mais pelas ruas da cidade que, provavelmente, em qualquer outra altura da sua vida. A culpa é do furacão Sandy, que causou um dos maiores prejuízos ao sistema de transportes públicos da megacidade.
Sem o metropolitano a funcionar a 100% durante várias semanas, e com o comboio e os autocarros a meio gás, os nova-iorquinos terão de recorrer às caminhadas para chegar ao seu local de trabalho, pelo menos durante os próximos dias.
O Sandy provocou a mais grave crise dos 108 anos do Metropolitano de Nova Iorque, interrompendo o serviço para 8,7 milhões de pessoas.
Para piorar a situação, há centenas de quilómetros de estradas que terão de ser reabilitados e reconstruídos, pelo que a circulação automóvel estará perturbada durante semanas.
Paralelamente, o furacão Sandy provocou uma nova discussão no dia-a-dia dos nova-iorquinos. A cidade preparar-se para receber mais 1 milhão de pessoas até 2020, mas as opções de transporte continuam a ser consideradas pouco eficientes.
Segundo os governantes, esta ausência de novas alternativas e inovação prende-se com o facto de, nas últimas décadas, a cidade ter-se focado na manutenção e reparação do sistema existente, em vez de o reformular.
Poderá o Sandy trazer um novo ângulo no debate da inovação em transportes públicos em Nova Iorque?