Adam Werbach, CEO da Saatchi & Saatchi S



Amado ou odiado, por trás do actual CEO da Saatchi & Saatchi S, a empresa do grupo homónimo que é especializada em sustentabilidade, esconde-se um activista ambiental que foi eleito o mais jovem presidente de sempre do Sierra Club, com 23 anos.

Cinco anos antes, em 1991, Werbach tinha já fundado a Sierra Student Coalition, que se tornou na maior organização ambiental norte-americana gerida por alunos – o que chamou a atenção de David Brower, director do próprio Sierra Club, que o acolheu no grupo, apoiando mais tarde a sua candidatura a presidente.

Em 1997, já presidente do Sierra Club, Werbach publicou “Act now, Apologize Later” [“Age agora, pede desculpa depois”, em português], uma série de ensaios e “estórias” autobiográficas onde o ambientalista explica as visitas que realizou a quase todas as secções locais do Sierra Club.

“De padres rurais a agricultores, de uma rapariga de 12 anos na Califórnia a três idosas da Georgia, de senadores a surfistas e ao Woody Harrelson, uma quantidade incrível de pessoas deram-nos mil razões para estarmos com fé”, explicou.

Mais tarde, Werbach fundou a Act Now Productions, uma consultora que trabalhava com ONGs e empresas que quisessem melhorar a sustentabilidade empresarial.

Em 2006, a aura “verde” de Werbach mudou. O ambientalista aceitou trabalhar com a Wal-Mart – que tanto tinha criticado anteriormente –,  ajudando a multinacional norte-americana a melhorar os seus esforços de sustentabilidade.

Pressionado por várias organizações ambientais – e pelo próprio Sierra Club – a “deixar” a Wal-Mart, Werbach não cedeu e começou a ser persona non grata para muitos dos seus amigos e líderes ambientalistas.

Em Janeiro de 2008, Werbach vendeu a Act Now Productions à multinacional de publicidade Saatchi & Saatchi, continuando na presidência da consultora, agora renomeada Saatchi & Saatchi S.

Em 2009, o ambientalista escreveu “Strategy for Sustainability: A Business Manifesto” [“Estratégia para a sustentabilidade: um manifesto de negócios”], livro que o fez deixar o board internacional da Greenpeace e que reflecte a sua nova visão de CEO empresarial.

O livro tenta responder a uma complexa pergunta: como podemos criar um plano de sustentabilidade falível e executável numa realidade empresarial?
A resposta – pelo menos das vendas – foi positiva. O livro foi considerado uma das publicações de negócios do ano para a Fast Company.

Leia mais sobre o Green Saver Werbach na Fast Company.

Ou, se preferir, veja uma entrevista de Werbach no Harvard Business Digital.





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