Fátima Jardim: “África é particularmente vulnerável ao impacto das alterações climáticas”
A ministra do Ambiente de Angola, Fátima Jardim, lembrou na última semana, na Cimeira de Cancún, que o continente africano é “particularmente vulnerável” ao impacto das alterações climáticas e que “as comunidades pobres continuam a ser afectadas pelas calamidades e morte” que decorrem deste flagelo.
Citada pela imprensa angolana, a responsável adiantou que “o clima, as catástrofes e calamidades são cada vez mais imprevisíveis, pelo que não se deve julgar opiniões nem fazer promessas, mas [tentar chegar] a uma solução que reduza o impacto das alterações climáticas”.
Fátima Jardim adiantou na sessão plenária do COP16 que Angola tem consciência de que os níveis de desenvolvimento humanos são afectados pelas alterações climáticas e que, com isso, aumentam as mortes, doenças respiratórias e outras.
“Temos consciência que só com parcerias se podem financiar os programas, por isso consideramos o apoio e a cooperação entre os Estados desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, a transparência e a clareza dos mecanismos como essenciais para se atingir o consenso em relação ao Protocolo de Quioto”, disse a responsável.
Fátima Jardim elogiou ainda o programa REDD+ e explicou que, depois do Programa de Protocolo assinado recentemente com Portugal, Angola gostaria de repetir a parceria com outros países.
Admitindo que as acções mais positivas devem ser objecto de uma maior informação e participação das partes, a chefe da delegação angolana no COP16 não deixou de referir que é imperioso que os países em vias de desenvolvimento criem um centro de adaptação que facilite o processo de capacitação, transferência de tecnologias e mobilização de recursos para as inovações climáticas.
Finalmente, há que definir regras, metas sustentáveis e estratégias integradas até 2012 – e a longo prazo – sob pena de chegarmos demasiado tarde a este desafio.