África do Sul quer vender chifres de rinocerontes para parar tráfico
A África do Sul está a pedir permissão internacional para vender €750 milhões (R$ 2,2 mil milhões) de chifres de rinocerontes apreendidos naquele País, como forma de estoirar o mercado negro para este produto e, ao mesmo tempo, financiar a luta contra o tráfico.
Segundo a ministra do Ambiente sul-africano, Edna Molewa, o pedido será feito na próxima grande convenção sobre o tráfico das espécies em perigo (CITES), marcada para 2016. “A África do Sul não pode continuar a ser refém de sindicatos que estão a matar rinocerontes”, explicou.
O país africano tem 73% de todos os rinocerontes do mundo, ou seja, mais de 20 mil, mas perde quase 800 por ano, devido aos caçadores furtivos. O tráfico de chifres de rinoceronte está a crescer tanto que, em 2016, haverá mais animais a morrer que a nascer em território sul-africano, apesar de todos os esforços do Governo para os conservar e proteger.
O Vietname é o maior mercado para receber chifres de rinoceronte, sendo que o produto é vendido em farmácia e na internet, a cerca de €50 mil (R$ 145) o quilo, sendo mais valioso que o ouro. A este preço, o stock sul-africano de 16.400 quilos vale mais de €750 milhões (R$ 2,2 mil milhões).
Caso o CITES dê permissão à África do Sul para comercializar legalmente os chifres de rinoceronte, o mercado vietnamita deverá ser ignorado, de acordo com especialistas em conservação.