Tartarugas-gigantes preferem plantas invasoras na sua dieta
As plantas invasoras são prejudiciais ao habitat, tanto para vegetais como para animais nativos, tornando mais complicado o trabalho da conservação das espécies. No entanto, existe uma excapção – há sempre uma excepção – as tartarugas-gigantes que integram cada vez mais plantas invasoras na sua dieta.
Há muito que se sabe que as famosas tartarugas-gigantes das Ilhas Galápagos estão ameaçadas. Na verdade, eles existem em apenas dois locais: naquelas ilhas e no Atol de Aldabra, no Oceano Índico – até ao Pleistoceno tardio, elas eram encontradas em todos os continentes, excepto na Antártica.
Desde os anos 1930, as plantas invasoras aumentaram nas Galápagos. Segundo o Planeta Sustentável as espécies introduzidas cresceram com a eliminação das nativas pela agricultura. Mas parece que as tartarugas as preferem.
“A conservação da biodiversidade é um problema enorme para quem lida com a conservação na região”, diz Stephen Blake, um dos autores de um novo estudo da Universidade de Washington-St. Louis, publicado na Biotropica. “É quase impossível erradicar as mais de 750 plantas invasoras, e mesmo o controlo é complicado. Por sorte, a conservação das tartarugas é compatível com a presença de algumas espécies introduzidas”.
Segundo o site brasileiro, os pesquisadores foram surpreendidos pelo facto de que as espécies invasoras beneficiam os animais em sua nutrição, ajudando-os a permanecerem saudáveis e ativos.
O estudo foi feito na ilha de Santa Cruz, um vulcão extinto que abriga duas espécies da tartaruga gigante, mas também a maior população humana das Galápagos, explica o site da Universidade de Washington-St. Louis.
Foto: Luisa / Creative Commons