Afinal, o pica-pau-bico-de-marfim está mesmo extinto



O pica-pau-bico-de-marfim era o maior pica-pau dos Estados Unidos e uma das suas aves mais emblemáticas —chegando mesmo a inspirar a criação de uma personagem de banda desenhada. Durante 77 anos, a sua possível existência provocou um debate acalorado: esta é uma das seis espécies de aves norte-americanas que se pensa estarem extintas desde 1880. E, embora a última observação comprovada desta ave tenha ocorrido em 1944, relatos nos anos 80 de subespécies do pica-pau de bico de marfim (Campephilus principalis bairdii), em Cuba, foram aceites como válidos. Mais tarde, em 2005, pensa-se ter sido redescoberto na região Big Woods, no estado do Arkansas.

A discussão terminou esta semana. O pica-pau-bico-de-marfim (campephilus principalis) é um dos 23 nomes que o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA propôs remover da Lei de Espécies Ameaçadas do país porque não vale a pena continuar a tentar a sua recuperação. A sua extinção é dada como certa. Além da espécie bico-de-marfim, também é certificada a extinção de outras 10 aves, um morcego, dois peixes, uma planta e oito moluscos.

O objetivo da Lei de Espécies Ameaçadas é proteger e recuperar exemplares em risco de extinção e os ecossistemas dos quais dependem, mas para estes 23 animais e plantas as medidas “chegaram tarde demais”. “Apesa das ações adoptadas para recuperar e proteger as florestas onde se abrigava, há muito tempo que não havia registo de um avistamento autenticado”, lê-se no documento.





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