Ave gigante extinta há 600 anos junta-se à lista de espécies que esta empresa quer trazer de volta à vida



Com mais de três metros de altura e pesando cerca de 230 quilogramas, a moa gigante (Dinornis robustus) era uma ave não voadora nativa da Nova Zelândia e considerada a maior ave que já existiu na Terra. Durante milhares de anos, as moas rumaram pelas florestas dessa região do mundo, mas acredita-se, com base em registos arqueológicos, que terão sido extintas há 600 anos, quando os primeiros humanos, os polinésios, alcançaram as costas neozelandesas e as caçaram até desaparecerem por completo.

Agora, a empresa norte-americana Colossal Biosciences quer reverter a extinção das moas gigantes, juntando a espécie a uma lista que já inclui os mamutes-lanudos, os dodós e os tilacinos, também conhecidos como lobos-da-tasmânia ou tigres-das-tasmânia.

Numa publicação da rede social X (antigo Twitter), a empresa de biotecnologia anuncia o arranque dos trabalhos para a desextinção da moa gigante, algo que espera alcançar nos próximos cinco a 10 anos.

Na sua página na Internet, a Colossal Biosciences desvenda a colaboração com o realizador neozelandês Peter Jackson, conhecido por obras cinematográficas épicas como a trilogia “O Senhor dos Anéis”, que é também apontado como um dos investidores da empresa.

O processo de desextinção passará pela extração de ADN de restos fossilizados de moas e pela edição dos genes de parentes ainda vivos, como as emas (do grupo das ratites, aves não voadoras e corredoras, que inclui também as avestruzes), a conceção embriões e a colocação em “barrigas-de-aluguer”.

Para Paul Scofield, consultor da Colossal Biosciences e curador sénior de História Natural do Museu de Canterbury, em Christchurch, na Nova Zelândia, “o conhecimento adquirido será benéfico para toda a Nova Zelândia, para a conservação e para o mundo”.

A Colossal Biosciences é a mesma empresa que no passado mês de abril declarou ter trazido de volta à vida os lobos gigantes, extintos há cerca de 12 mil anos, um anúncio que foi recebido com ceticismo por parte de cientistas. Os críticos diziam que os alegados “lobos gigantes” não eram, na verdade, lobos gigantes, mas sim lobos-cinzentos com traços dessa espécie antiga.

Da mesma forma, a desextinção da moa gigante está a ser alvo das mesmas dúvidas, colocando em questão se reverter a extinção é realmente possível, pelo menos por agora.






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