Biovilla lança projeto de apoio à criação de empregos com base em negócios regenerativos



A Biovilla – Cooperativa para o Desenvolvimento Sustentável acaba de lançar o “VER – Viveiro de Emprego Regenerador”, um projeto de apoio à criação de auto emprego e/ou aumento de rendimentos com base em negócios regenerativos.

Sob o mote “É possível gerar empregos que construam um mundo melhor para todos!”, a formação pretende combater o desemprego e a perda de biodiversidade, baseando-se em quatro áreas regenerativas: Horta Biológica, Sementes e Floresta Autóctone; Ervas Aromáticas e Cosmética Natural; Turismo de Natureza; e Transformação de Alimentos e Alimentação Saudável.

O programa destina-se particularmente aos desempregados de longa duração e aos desempregados jovens das regiões de Palmela e Setúbal, com mais de 21 anos e o 12º ano completo, mas também a todas as pessoas “em condições não dignas, discriminatórias e destrutivas, quer social quer ambientalmente, de todas as regiões do país que se identifiquem com as práticas regenerativas e queiram desenvolver-se profissionalmente no contexto do VER”, explicam em comunicado.

A especialização vai ter um total de 230 horas de aulas online e presenciais, divida em cinco partes diferentes, e é totalmente gratuita. No final os alunos receberão um certificado em Permacultura para Sistemas Regenerativos e em Negócios Regenerativos – The Good Business Model.

Como explica a Biovilla, a primeira semana será “para entrar em contacto com o projeto e os principais conceitos de regeneração através das áreas que a Biovilla desenvolve: Cooperativismo, Desenvolvimento Humano, Casa para Todos, Energias Renováveis, Alimentação Biológica, Biodiversidade, Cuidado com as Águas e Desperdício Zero. Bem como em temas de governança e desenvolvimento de projetos como Sociocracia, Dragon Dreaming, Agrofloresta e Permacultura. Depois desta semana cada participante irá escolher uma das quatro áreas propostas para aprofundar conhecimentos teórico-práticos e desenvolver competências.”

“Em seguida, e durante 12 semanas, decorrem 2 vezes por semana as sessões de aprofundamento da especialização. Nesta fase, os participantes serão integrados nas atividades do dia-a-dia da Biovilla para que possam aprender a fazer em formato “learning-by-doing” a sua área de seleção.”

“Haverá depois 1 semana de Capacitação em Empreendedorismo Social e Negócios Regenerativos onde terão contacto com o The Good Business Model (TGBM), uma metodologia de criação de negócios regenerativos, criada pela Co-fundadora da Biovilla, Bárbara Leão de Carvalho, que só em 2019 pelas mãos dos Territórios Criativos impactou mais de 200 empreendedores através de incubadoras de negócios do Turismo de Portugal, como por exemplo o Green Up.”

“Segue-se a fase de Mentoria (12 semanas) durante a qual os participantes serão acompanhados para que desenvolvam projetos de criação de emprego próprio ou encontrem uma forma de aumentar os seus rendimentos. Em paralelo, participam em seminários e masterclasses para que tenham contato com parceiros inspiradores e esclarecedores das diferentes áreas de negócios.”

“A capacitação termina com o evento de Graduação, um pitch final com a rede de parceiros e investidores Biovilla aos quais os participantes vão apresentar as suas ideias e sonhos, com intenção de recrutamento, angariação de parceiros e/ou investidores para os seus projetos.”

As candidaturas estão a decorrer até ao dia 26 de março, e a primeira turma começa já em abril a experiência de 8 meses na Biovilla, situada em pleno Parque Natural da Arrábida, a 5 quilómetros de Palmela e 7 quilómetros de Setúbal.

Filipe Alves, Co-fundador da Biovilla, afirma: “Vamos acompanhar os participantes na criação do seu próprio emprego aliado a uma vida profissional com propósito. Mais do que sessões de capacitação, o que estamos a propor é uma experiência de aprendizagem integral dos conceitos técnicos de regeneração de ecossistemas humanos e ambientais num lugar onde tudo isso acontece realmente. É um caminho para fazermos negócios sustentáveis mantendo um compromisso com o planeta e com quem o partilha”.

O projeto tem o apoio da Portugal Inovação Social, através de fundos da União Europeia, e de de diversas entidades como a Adrepes, o Montepio, a Câmara Municipal de Palmela, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, o Instituto Politécnico de Setúbal, a Junta de Freguesia de Palmela, a NOVA SBE, a T4HD – Technology 4 Human Development e a Sociedade de Advogados Vieira de Almeida.





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