Câmara de Águeda projeta renaturalização do sapal do Marnel

A Câmara de Águeda vai avançar com um projeto para renaturalizar o sapal do Marnel, que sofreu degradação ambiental após a construção de uma ETAR, já desativada, anunciou hoje o presidente da autarquia, Jorge Almeida.
Em declarações à Lusa, o autarca explicou que a área de sapal foi “profundamente alterada” pela construção, há alguns anos, de uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR) na Aguieira, e criação de um canal de drenagem.
A ETAR, que já não está em funcionamento, descarregava águas residuais ricas em nutrientes no sapal, alterando o seu ecossistema.
Segundo descreveu o autarca, posteriormente foi feito um canal de drenagem para facilitar o escoamento da água para o Rio, o que acabou por transformar o sapal num sistema de drenagem, “favorecendo o crescimento de infestantes”.
“Estamos a trabalhar para restaurar o ecossistema original do sapal, que foi profundamente alterado por essas intervenções passadas”, afirmou Jorge Almeida.
Para o presidente da Câmara de Águeda, “o combate às infestantes e a renaturalização da área são fundamentais para recuperar a biodiversidade e a qualidade ambiental do local”.
O projeto de renaturalização do sapal do Marnel inclui a remoção de infestantes, a recuperação da vegetação nativa e a criação de condições para a fauna local regressar à área.
Jorge Almeida salienta que Águeda tem apostado na recuperação dos cursos de água, “tendo sido pioneira na renaturalização de cursos de água em ambientes urbanos”.
“Abandonámos a prática de construção de muros e entubamento de rios e estamos mesmo a remover essas estruturas, de que é exemplo a vila de Aguada de Cima”, aponta,
Segundo Jorge Almeida, após a queda parcial do muro marginal ao Rio, o mesmo foi removido para restaurar a margem, com a concordância da Junta de Freguesia, “o que demonstra a mudança de mentalidade e a valorização da renaturalização.
“A renaturalização de cursos de água é uma prioridade para nós”, conclui Jorge Almeida.