Câmara de Vila Nova de Poiares quer criar parque verde numa área de 40 hectares



A Câmara de Vila Nova de Poiares quer avançar com a criação de um parque verde numa área de 40 hectares, entre a zona industrial e a zona residencial da sede do concelho que foi afetada pelos incêndios em 2017.

O projeto de arquitetura paisagística do futuro parque verde já foi apresentado em reunião do executivo e a sua execução deverá avançar de forma faseada, mediante as linhas de financiamento que possam surgir no próximo quadro comunitário, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, João Miguel Henriques.

O projeto, cujo investimento global é estimado em cerca de três milhões de euros, engloba uma área de cerca de 40 hectares, criando uma descontinuidade entre o espaço empresarial, a zona residencial e a área de equipamentos do município na sede do concelho.

Segundo o autarca, o objetivo é criar uma área verde que se assuma ainda como “uma zona tampão entre esses espaços [empresariais e residenciais], através de um pulmão verde, que defenda também essas zonas em relação a incêndios”.

João Miguel Henriques recordou que a envolvente foi afetada nos fogos de 2017, tendo posto em causa “o parque empresarial e zonas habitacionais”.

Dos cerca de 40 hectares, um terço é propriedade do município, estando aberta a possibilidade de a autarquia comprar mais terrenos.

“Aquilo que está a ser ocupado como espaço agrícola e está devidamente cuidado e tratado, será mantido. Nas zonas florestais que são propriedade privada serão criadas condicionantes que obriguem os proprietários a gerir a floresta de acordo com regras que vierem a ser definidas, visto que não faz sentido ter um parque verde com produção de eucalipto e que poderia colocar em risco todo o espaço envolvente”, disse.

João Miguel Henriques vincou que as propriedades podem continuar na posse dos proprietários, caso estes assim o entendam, mas caso tenham interesse em desfazer-se dos seus artigos “o município estará disponível para os adquirir”.

Segundo o autarca, as áreas que estavam mal geridas foram sendo adquiridas pela autarquia.

Apesar de estar previsto um volume de investimento grande, o mesmo vai ser feito de forma faseada, aproveitando “os eixos de financiamento que sejam lançados no próximo quadro comunitário, seja para parques verdes, mobilidades ou sustentabilidade ambiental”.

“Vamos procurar aproveitar as zonas florestais já existentes, nomeadamente o conjunto de árvores autóctones que possam existir no espaço, como sobreiros e carvalhos, e vamos introduzir espécies autóctones que consideramos mais adequadas para aquele parque”.

Para além da reflorestação do espaço, está prevista a inclusão de zonas de lazer, parque de merendas, espaço infantil, áreas desportivas, circuitos de manutenção e ainda um espaço lúdico-pedagógico.





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