Case Study: conheça o programa da CGD para combater as alterações climáticas



Em 2007, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) decidiu reforçar a sua estratégia de sustentabilidade e combate às alterações climáticas com o programa Caixa Carbono Zero – um projecto que ainda decorre.

O ponto de partida para o desenvolvimento deste programa foi a quantificação das emissões de gases com efeito de estufa geradas pela actividade da CGD e convertidas em toneladas de CO2 – dióxido de carbono equivalente. O primeiro inventário pesquisou a actividade de 2006, tendo assim ficado conhecido o perfil de emissões de carbono da Caixa.

Com todos os dados do seu lado, a CGD começou a tomar decisões – reais – para a redução das emissões. Diminuiu o consumo de energia eléctrica e racionalizou a mobilidade em serviço. Paralelamente, investiu na instalação de uma central solar térmica no seu edifício-sede, em Lisboa, e colocou painéis fotovoltaicos em mais de 80 agências da rede comercial.

Outras medidas, mais estratégicas e cirúrgicas, foram tomadas. Substituíram-se as máquinas fotocopiadoras e impressoras por outras mais eficientes, implementou-se tecnologia que desliga automaticamente os computadores e adoptaram-se lâmpadas de baixo consumo.

Na área da mobilidade, a CGD optou por criar uma pool de viaturas próprias, incrementando o seu uso e estabelecendo também um protocolo com a CP, que deu aos seus colaboradores benefícios no tarifário. Como tal, foi desincentivado o recurso a viaturas particulares nas deslocações de serviço.

Mas a CGD não se ficou por aqui. Organizou acções de formação interna, privilegiando o e-learning em detrimento de acções presenciais. Paralelamente, reduziu a produção de resíduos e aumentou a taxa de encaminhamento para reciclagem e compostagem.

E, quando chegou às emissões que não era possível evitar, a CGD assumiu a sua compensação, tornando-se no primeiro banco em Portugal a ter um programa estruturado de neutralidade carbónica.

Assim, em 2010 a CGD compensou as emissões associadas à frota comercial, à Fundação Caixa Geral de Depósitos Culturgest e à produção dos relatórios e publicações, num total de 4.021 toneladas de CO2. Esta compensação foi feita pela aquisição de créditos de carbono gerados por um projecto tecnológico no Brasil e pelo projecto Floresta Caixa Carbono Zero, na Tapada Nacional de Mafra.

Para ser um projecto verdadeiramente sustentável, a vertente de negócio não poderia ser esquecida. Para tal, o banco lançou o cartão Caixa Carbono Zero, um cartão de crédito único em Portugal e que atribui ao seu utilizador um cash-back em créditos de carbono gerados pela Floresta Caixa Carbono Zero – Tapada Nacional de Mafra. Assim, ele compensa uma parte da sua pegada carbónica ao mesmo tempo que apoia um projecto de promoção da biodiversidade.

Na área social, a CGD apostou na promoção de comportamentos ambientalmente mais conscientes, tendo disponibilizado, no seu site, uma calculadora de carbono que permite a cada cidadão perceber qual a sua pegada carbónica e saber quais as alterações que determinada mudança de comportamento introduziria.

Finalmente, foi lançado o guia Dia-a-Dia Carbono Zero e o microsite Ciclo da Poupança, suportes que a CGD considera fundamentais para complementar o seu roteiro mais vasto de projectos, que inclui o programa Nova Geração de Cientistas Polares, o concurso de design com materiais reciclados e as acções do Floresta Caixa.

Os resultados estão à vista. Entre 2006 e 2010, o conjunto de medidas de redução implementadas na CGD diminuiu em 11% o consumo de electricidade nos edifícios centrais, uma percentagem que permitiu evitar a emissão de 2.600 toneladas de CO2 por ano.

Saiba tudo sobre a Caixa Carbono Zero.

E para o futuro, que acções estão reservadas? “A CGD já definiu objectivos quantificados de redução do consumo de energia eléctrica e de emissões para um horizonte temporal até 2015. Esta definição de medidas e metas internas de redução de emissões é uma peça fundamental na concretização da estratégia de combate às alterações climáticas da Caixa”, explica a empresa.

Assim, o objectivo global passa por reduzir as emissões de CO2 em 15% em relação a 2006; o objectivo sectorial é reduzir a energia em 4% em relação ao mesmo ano.

O Caixa Carbono Zero vai continuar a “repensar os modelos de desenvolvimento, padrões de consumo e comportamentos”, sempre alicerçado em cinco vectores fundamentais: informação, redução, compensação, negócios e comunicação. Cá estaremos para avaliar os futuros passos do banco português.





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