Clima mais quente vai levar à redução da produção de milho

O aquecimento global, provocado pela ação humana, vai levar à redução da produção de milho em todo o mundo. Os resultados são apresentados pela Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, após uma investigação no Estado do Nebraska.

Os cientistas testaram 18 cenários provocados pelo aumento das temperaturas, para avaliar potenciais impactos na produção de milho irrigado e em sequeiro, entre os anos de 2020 e 2090. Os efeitos foram mais prejudiciais nas culturas de milho em sequeiro, cujo rendimento das colheitas foi variando, e nas quais se prevê uma redução de até 40 alqueires por 4000 metros quadrados. No caso do milho irrigado, a redução prevista é de apenas 19 alqueires por 4000 metros quadrados.

“Dependendo das concentrações atmosféricas de gases com efeito estufa e do nível de aquecimento associado, observámos declínios na produtividade do milho em sequeiro que variavam entre 2,2% e 21,5%. Sob as mesmas concentrações de gases com efeito estufa, a faixa de declínio foi menor para os rendimentos irrigados – de 3,7% a 15,6%, devido às tecnologias de irrigação que proporcionam condições de crescimento mais estáveis ​​às culturas sob stress hídrico e de temperatura”, explica Suat Irmak, professor e diretor do Departamento de Engenharia Agrícola e Biológica da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade.

Apesar dos dados terem como fundamento a avaliação as Grandes Planícies, os autores consideram que as repercussões serão semelhantes a nível global. Estas avaliações ajudam a projetar futuras mudanças nas culturas, o que, para Stuat Irmak, se torna relevante para o governo e para os profissionais agrícolas, na medida em que permitem começar a criar maneiras de solucionar os impactos previstos.

O milho é uma cultura muito importante para os Estados Unidos: ocupa 37 milhões de hectares de terra em todo o país. Além de ser fonte de alimento, é utilizado para a produção de ração animal, de fibra e de etanol.