COP15 para impulsionar proteção das zonas húmidas à escala global começou no Zimbabué



Representantes de Governos, peritos, organizações e membros da sociedade civil iniciaram ontem no Zimbabué a 15.ª reunião da Conferência das Partes Contratantes da Convenção sobre as Zonas Húmidas (COP15).

A reunião, que se realizou pela última vez (COP14) em 2022 na cidade chinesa de Wuhan e em Genebra, decorre até ao dia 31 em Victoria Falls, oeste do país.

Durante uma semana, os participantes na Conferência, também conhecida como Convenção de Ramsar, vão debater o futuro das zonas húmidas e o seu papel fundamental na biodiversidade, na resiliência climática e no desenvolvimento sustentável.

A secretária-geral da convenção, a zambiana Musonda Mumba, disse à imprensa que no primeiro dia de trabalhos vão-se realizar reuniões regionais.

“Os 172 [países partes] estão reunidos para ter uma ideia do que vai ser discutido na sessão plenária e do que querem ver feito nos próximos três anos” com a gestão das zonas húmidas a nível mundial e nos seus territórios, acrescentou Mumba.

A dirigente sublinhou que “há elementos de conectividade” entre as regiões, porque existem “rotas migratórias para as aves” que as ligam.

Sob o tema “Proteger as zonas húmidas para o nosso futuro comum”, a conferência arrancou uma semana depois de a Convenção sobre as Zonas Húmidas ter publicado um relatório que alerta para o facto de a perda destes ecossistemas poder custar ao planeta até 39 mil milhões de dólares (33 mil milhões de euros) em benefícios económicos e sociais.

A Convenção sobre as Zonas Húmidas, também conhecida como Convenção de Ramsar – em homenagem à cidade iraniana onde foi adotada em 1971 -, é um tratado internacional que ajuda os seus 172 Estados-membros a protegerem os ecossistemas essenciais para a biodiversidade, a estabilidade climática, a segurança da água e o bem-estar humano.

A Convenção gere uma rede de 2.543 zonas húmidas de importância internacional, conhecidas como sítios Ramsar, que cobrem quase 260 milhões de hectares em todo o mundo.

Espera-se que a cimeira termine com resoluções sobre alterações climáticas, biodiversidade, agricultura e integração do género na gestão das zonas húmidas.






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