Coworking: Carris cede autocarros de dois andares para partilha de escritórios em Lisboa
A Carris aceitou ceder alguns dos seus autocarros de dois andares desactivados para serem geridos comercialmente pela Village Underground como espaços de partilha de local de trabalho – coworking.
A notícia, avançada pelo Expresso este fim-de-semana, foi já confirmada pelo Green Savers junto da transportadora pública de Lisboa. Segundo apurou o Green Savers, o acordo entre Carris e Village Underground tem duas fases distintas. A primeira, já acertada, passa pela cedência dos tais autocarros de dois andares. A segunda, ainda em análise, poderá levar a Carris a ceder um espaço na Estação de Santo Amaro, em Lisboa, para o coworking.
“Queremos tornar a zona num polo cultural e, do ponto de vista económico, temos interesse em rentabilizá-lo”, explicou Luís Vale, secretário-geral da Carris, ao Expresso.
O conceito de coworking consiste na colocação no mesmo local de várias pessoas que, podendo não se conhecer, partilham o mesmo espaço de trabalho, usufruindo dos seus serviços mediante um pagamento diário ou mensal.
O coworking terá chegado a Portugal em 2009, no Hub Porto, e teve no CoworkLisboa, na LX Factory, o seu ponto de maior mediatismo.Com rendas mensais médias entre €80 (R$200) e €190 (R$480), o coworking está hoje presente em Faro, Coimbra, Viana do Castelo, Braga, Gaia, Aveiro, Oeiras, Santarém, Viseu e Funchal. Para além de Lisboa e Porto, claro.
A Village Underground surgiu em Londres (Inglaterra) em Abril de 2007, como ponto de encontro das comunidades artística, jovem e cultural – artistas, arquitectos, cineastas, VJs, ilustradores, gráficos, músicos e escritores.
Para além de outros serviços, a Village disponibiliza espaço de coworking em antigas carruagens de metro. Hoje, a organização está a internacionalizar-se e Portugal é um dos destinos deste movimento.