Dia do Ambiente: Produção nacional de energia mais do que duplicou desde 1990, impulsionada pelas renováveis



Neste Dia Mundial do Ambiente, a PORDATA analisa e reúne um conjunto de indicadores em quatro grandes áreas: produção, consumo e dependência energética; temperatura do ar e pluviosidade; proteção do ambiente; e configuração e proteção do território. Estes dados assumem particular relevância à luz das metas definidas pela União Europeia no âmbito do Pacto Ecológico Europeu (PEE), com horizontes temporais ambiciosos para 2030 e 2050.

Através desta análise é possível perceber, por exemplo, que o país tem registado uma evolução significativa na área energética: desde 1990, a produção nacional de energia mais do que duplicou, impulsionada pelas energias renováveis, num contexto em que a produção de energia na maioria dos países da UE diminuiu e 35% da energia consumida em 2023 teve origem em fontes renováveis. Apesar disso, Portugal continua com uma dependência energética superior à média da UE.

No que respeita ao clima, conclui-se que há um claro padrão de aquecimento desde os anos 2000, tanto na temperatura mínima como na máxima. Já a pluviosidade não apresenta uma tendência clara nos ultimos 60 anos, alternando entre períodos mais e menos chuvosos. Os dados revelam ainda que Portugal se destaca como o terceiro país da UE27 com menores emissões de gases com efeito de estufa. Por outro lado, os resíduos urbanos têm vindo a crescer e duplicaram desde 1995, com uma média diária de 1,4 kg por habitante.

Em termos de território, Portugal é dos países que têm mais terreno ocupado por arbustos e dos que têm menos terreno para produção agrícola. As áreas artificializadas (com casas, estradas e outras construções) representam apenas 6,4% da superfície do país.

No mar, Portugal poderá tornar-se o país da UE com maior extensão de áreas marítimas protegidas. Este aumento é reflexo das novas áreas do Parque Natural Marinho do Recife do Algarve – Pedra do Valado e da Revisão do Parque Marinho dos Açores. Em setembro de 2025, com a entrada em vigor do diploma, Portugal terá protegido cerca de 19% do seu mar.






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