Dia Nacional da Sustentabilidade: Indústria do vidro de embalagem comprometida com a transição energética e economia circular



No âmbito do Dia Nacional da Sustentabilidade, que se celebra a 25 de setembro, a AIVE (Associação dos Industriais de Vidro de Embalagem) destaca o papel da Indústria do vidro de embalagem na promoção de um futuro mais sustentável, rumo à descarbonização, e alerta para a urgência de envolver toda a sociedade e a cadeia de valor do vidro na promoção da reciclagem das embalagens depois de usadas.

Em comunicado, explica que, mesmo com os esforços para minimizar o impacto ambiental e energético do setor terem resultado em avanços significativos nos últimos 30 anos rumo à transição energética, nomeadamente com reduções específicas superiores a 50% nas emissões CO₂, de 80% no consumo de água e 30% no consumo de energia, ainda há um longo caminho a percorrer em Portugal.

A transição energética terá agora que passar pela substituição do gás natural por energia de fontes renováveis e ainda conseguir uma maior incorporação de embalagens de vidro usadas (casco de vidro) no processo produtivo.

De acordo com os dados mais recentes do Eurostat (2023), Portugal ainda só recicla 56% das embalagens de vidro colocadas no mercado nacional, sendo a meta europeia imposta de 75% até 2030. Contudo, o atual desempenho nacional não está diretamente relacionado com a capacidade da indústria fabricar novas embalagens com vidro reciclado, até porque atualmente as garrafas e frascos de vidro já são fabricados com mais de 50% de vidro reciclado, mas com a baixa deposição e recolha das embalagens de vidro usadas nos vidrões em Portugal.

A AIVE sublinha, por isso, a urgência de unir esforços na separação e recolha de vidro para reciclagem, do setor doméstico a todo o canal HORECA, assumindo este compromisso como um verdadeiro imperativo ambiental e nacional. O desperdício de embalagens de vidro representa não só uma perda para o país, mas também um impacto negativo e desnecessário sobre os recursos naturais

“É urgente que a sociedade e o canal HORECA respondam a este desafio coletivo, assumindo a reciclagem como um dever fundamental para garantir a sustentabilidade das gerações futuras. Cada garrafa não reciclada é uma oportunidade perdida de reduzir emissões, poupar energia e proteger o ambiente.” – reitera Tiago Moreira da Silva, presidente da AIVE.

A reciclagem como motor da sustentabilidade 

O destino de cada embalagem após a sua utilização é uma etapa essencial para garantir a circularidade dos materiais de embalagem. Uma ação que precisa da participação de toda a cadeia de valor, mas começa no consumidor. A sua colaboração na separação das embalagens de vidro depois de usadas e a deposição das mesmas  no  vidrão ou ecoponto verde, é fundamental.

Cada embalagem de vidro é 100% e infinitamente reciclável, sem perder nenhuma propriedade, num ciclo fechado. Ao fabricar embalagens de vidro com vidro reciclado é possível poupar nas matérias-primas virgens, no consumo de energia do processo produtivo, assim como reduzir as emissões de CO2 e a quantidade de embalagens usadas depositadas em aterros.

Visão de futuro: Neutralidade Carbónica até 2050

Consciente da situação atual e comprometido em alcançar a neutralidade carbónica em 2050, o setor tem  implementado diversas medidas ao nível da modernização industrial e eficiência energética para minimizar os impactos ambientais. Mas agora são necessários avanços tecnológicos e, em alguns casos, verdadeiras disrupções. A maior delas terá de ocorrer na tecnologia dos fornos, para conseguir substituir a energia utilizada e  revolucionar a forma como produz.

A cooperação ao longo da cadeia de valor será essencial para otimizar processos e reduzir a pegada de carbono do setor e a introdução de soluções circulares e a inovação tecnológica terão de ser combinadas com políticas públicas robustas e apoio governamental para que a descarbonização do setor do vidro de embalagem até 2050 se torne uma realidade.

Neste Dia Nacional da Sustentabilidade, a AIVE sublinha a importância das escolhas individuais e da colaboração entre as diferentes esferas da sociedade para garantir um país mais seguro para as próximas gerações. Numa altura em que os recursos do planeta são cada vez mais escassos, a gestão inteligente dos mesmos e a adoção de hábitos responsáveis contribuem diretamente para a construção de uma sociedade mais sustentável.

 






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