Empresas têm pouco tempo para eletrificar as frotas e ajudar a prevenir os piores efeitos das alterações climáticas



A maioria dos carros novos vendidos na Europa são carros de empresa, a sua eletrificação representaria um passo gigantesco em direção a um mundo sem emissões poluentes.

Esta é a principal conclusão do último whitepaper da LeasePlan, “Road to COP26: Como é que as frotas corporativas podem combater as alterações climáticas”, publicado esta semana como um apelo à ação por parte dos líderes empresariais, antes da reunião principal da COP26 (26ª conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que terá lugar em novembro.

O relatório destaca também que a maioria dos carros novos vendidos na Europa são carros de empresa – o que significa que, embora as frotas das empresas representem hoje um contributo significativo para as emissões dos transportes, a sua eletrificação representaria um passo gigantesco em direção a um mundo sem emissões poluentes.

Tex Gunning, CEO da LeasePlan, afirma que “Os líderes empresariais devem assumir a responsabilidade total no combate às alterações climáticas e a mudança para uma frota elétrica é uma das formas mais fáceis e eficazes de causar impacto. Se conseguirmos pôr em prática um plano adequado até ao início da COP26 em novembro, teremos uma oportunidade real de eliminar as emissões do transporte rodoviário e desempenharemos o nosso papel na limitação do aumento da temperatura global em 1,5°C. Temos uma pequena janela de tempo para evitar os piores efeitos das alterações climáticas e devemos aos nossos filhos e netos não desperdiçar esta oportunidade”.

Os principais destaques do whitepaper são:

• Seis em cada 10 carros vendidos na Europa são carros de empresa, com veículos a gasolina e diesel ainda a representarem 96% das matrículas de novos automóveis em 2019. Além disso, os carros da empresa conduzem-se, em média, 2,25 vezes mais do que os automóveis particulares. As frotas das empresas podem, portanto, ou contribuir de forma dececionante para as alterações climáticas ou ser uma parte importante da solução.

• Especialistas concordam unanimemente que os maiores benefícios em termos de redução de emissões nos transportes são provocados pela eletrificação – especialmente se os VE forem alimentados por fontes sustentáveis, tais como o vento e a energia solar.

• As reduções de emissões resultantes da adoção de VE já são mensuráveis à escala global. Desde 2000, as emissões globais dos transportes aumentaram 1,9% por ano; mas em 2019, aumentaram menos de 0,5%. A diferença: melhorias na eficiência, maior utilização de biocombustíveis e o aumento dos VE.

• A última ciência da mudança climática indica que, para evitar os piores impactos climáticos, as emissões de carbono devem ser reduzidas em 45% até 2030. No entanto, a análise da ONU mostra que as emissões poderiam de facto aumentar 16%, levando a um aumento da temperatura de 2,7°C acima dos tempos pré-industriais – impactando de forma irreversível e negativa a vida na Terra.





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