Fábrica de cerveja de Vialonga quer produzir bebidas com menos emissões poluentes



A fábrica da Central de Cervejas e Bebidas de Vialonga, detida pelo grupo holandês Heineken, pretende produzir com menos emissões poluentes através da instalação de uma bateria térmica que permite gerar vapor limpo, anunciaram os parceiros do projeto.

Em comunicado, EDP, Heineken e Rondo Energy referem, sem mencionar prazos para a concretização do projeto, que “esta será uma das maiores baterias térmicas do setor das bebidas a nível mundial e contribuirá para transformar a unidade num dos centros de produção mais sustentáveis do mundo, operando com vapor limpo”.

As empresas parceiras acrescentam que se trata do “primeiro grande contrato de aquisição de calor em Portugal, recorrendo a uma solução de renováveis e armazenamento no local”.

Entretanto, em comunicado, a Heineken refere que, desde 2017, a Central de Cervejas e Bebidas já investiu 135 milhões de euros na transição energética, com o objetivo de descarbonizar as suas unidades de produção até 2030.

Em 2024, a Central de Cervejas e Bebidas “cumpriu a meta de ter 100% a sua eletricidade proveniente de fontes de energia renovável” através da instalação de 8.400 painéis solares na Cervejeira de Vialonga e na unidade de enchimento da Água de Luso”, explica a empresa.

Na Cervejeira de Vialonga, “queremos produzir cerveja com energia 100% renovável até 2030”, acrescenta.

O projeto da bateria térmica, financiado pelo Banco Europeu de Investimento, carece ainda de aprovações administrativas e regulamentares.

Segundo o comunicado das entidades, a bateria térmica, da empresa norte-americana Rondo Energy, armazenará “eletricidade renovável sob a forma de calor de alta temperatura, fornecendo vapor seguro, contínuo e sem carbono, eliminando a necessidade de caldeiras a combustíveis fósseis”.

A EDP irá instalar uma central solar nos terrenos da Central de Cervejas e Bebidas para alimentar a bateria, que “fornecerá o vapor necessário para os processos de produção”.

A bateria térmica, com que a fábrica de Vialonga espera reduzir o consumo de gás natural, evitando aproximadamente 6.600 toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano, pode ser usada noutras indústrias, como a da pasta e papel, químicos ou alimentos.






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