Feira contrata gestão de espaços verdes da cidade por mais de 600 mil euros



Mais de 650.000 metros quadrados de espaços verdes no centro de Santa Maria da Feira estão agora sob manutenção de uma empresa especializada, revelou hoje a autarquia, que para isso despenderá quase 607.000 euros em três anos.

Esse serviço na cidade do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto já antes era assegurado por uma entidade externa, mas, atendendo à recém-criada Ecovia do Cáster, o espaço abrangido pelo contrato passou de 240.000 para 650.000 metros quadrados, pelo que a Câmara Municipal procedeu a novo concurso público e selecionou a empresa Feira Jardins para assumir o trabalho até final de 2027.

“É uma área muito extensa para os funcionários da autarquia – que têm outras funções a desenvolver além da gestão dos espaços verdes, como a montagem e desmontagem de estruturas para eventos, por exemplo – e esta é a melhor forma de assegurar que o serviço é bem feito, com a regularidade exigida para se ter estes espaços sempre bonitos”, justificou à Lusa o vereador Mário Jorge Reis, que tutela os pelouros de Ambiente, Jardins, Espaços Verdes, Paisagem Urbana e Desporto.

A área geográfica abrangida pelo contrato estende-se do Pavilhão da Lavandeira até à Escola Básica Fernando Pessoa, integrando ainda zona como a rotunda do Hospital São Sebastião, a urbanização dos Passionistas, a envolvente dos acessos ao nó da Autoestrada 1 (A1) e separadores de avenidas essencialmente comerciais como a Sá Carneiro.

Para cobrir toda essa área, e considerando que 13 funcionários da Divisão de Jardins e Espaços Verdes da autarquia estão ausentes do serviço devido a licença prolongada, a Câmara conta apenas com cerca de 20 trabalhadores em funções efetivas e, desses, “a grande maioria tem mais de 60 anos”. Isso significa, como atestado por relatórios médicos, que parte dessa equipa “tem que evitar cargas superiores a 10 quilogramas, não pode usar equipamento como roçadoras, está impedida de fazer movimentos repetitivos ou passou a não poder fazer trabalhos em altura”.

Mário Jorge Reis acrescentou que, “nos últimos três anos, seis funcionários saíram para a reforma”, sem que a respetiva Divisão fizesse mais do que “duas contratações novas”.

No entanto, como este ano está prevista a aposentação de outros cinco trabalhadores, a Câmara conta abrir ainda durante o mês de fevereiro um processo de recrutamento para oito assistentes operacionais e dois motoristas de pesados.

Aos interessados a autarquia exigirá “boa condição física, alguns conhecimentos de jardinagem e disponibilidade para trabalhar em regime de jornada contínua, no período das 06:45 às 13:15”.

Uma dificuldade antecipada nesse processo é a disponibilidade dos candidatos para os tais trabalhos noutros domínios além dos jardins, sobretudo os que se referem a logística de eventos e transporte de material entre estaleiros, escolas, associações, etc.

“Quando há essas iniciativas, é preciso que os funcionários façam horas extraordinárias e, como às vezes eles aceitam um segundo emprego durante a tarde, torna-se difícil conciliar tudo”, admitiu Mário Jorge Reis.





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