Governo Trump considera novas regulamentações sobre poluentes permanentes



O Governo norte-americano liderado por Donald Trump indicou quinta-feira que pode estabelecer novas regulamentações sobre produtos químicos nocivos permanentes (PFAS), que podem ser mais restritivas, após ter anunciado um alívio nas regras sobre vários poluentes.

O responsável da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), Lee Zeldin, destacou que a sua decisão de quarta-feira teve como principal objetivo “resolver um erro de procedimento” que remonta ao governo democrata de Joe Biden, que promulgou estas regras em 2024, que foram posteriormente contestadas em tribunal.

Na quarta-feira, a EPA anunciou que iria prolongar o prazo para que os sistemas de água potável limitem as concentrações de dois poluentes permanentes de 2029 para 2031, enquanto as regras para outros quatro PFAS serão repensadas e revistas.

“Na verdade, é possível que, no final do processo, o novo número seja menor ou maior”, apontou Lee Zeldin, em declarações aos jornalistas, sem apresentar um calendário.

Estas palavras não convenceram Melanie Benesh, do Environmental Working Group, uma organização não-governamental (ONG).

O responsável da EPA “age como se”, com esta questão processual, “não houvesse outra escolha” senão reiniciar o processo de estabelecimento de limites, “quando de facto estão a fazer uma escolha”: a de ficar do lado de quem quer menos regulamentação, denunciou à agência France-Presse (AFP).

Pelo menos 158 milhões de pessoas nos Estados Unidos têm água potável contaminada com PFAS, que têm sido associados a efeitos adversos para a saúde, desde defeitos congénitos e redução da fertilidade a cancros raros e problemas comportamentais em crianças.

Estas substâncias são um grupo diversificado de milhares de produtos químicos, utilizados por muitos setores industriais e presentes em inúmeros produtos do dia-a-dia.






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