Incêndios na Amazónia brasileira registam um máximo semestral de 20 anos
As autoridades brasileiras registaram 13.489 focos de incêndios na Amazónia no primeiro semestre, o número mais elevados em 20 anos, segundo dados de satélite hoje divulgados.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde que os dados começaram a ser compilados em 1998, apenas em 2003 e 2004 foram registados mais focos de incêndios no primeiro semestre.
Os 13.489 focos de incêndios na Amazónia identificados nos primeiros seis meses do ano são significativamente maiores dos registados no período homólogo de 2023 (8.344).
Para além da Amazónia, o Brasil tem vindo a sofrer com graves incêndios no Pantanal, A maior planície alagada do mundo, que o Brasil divide com a Bolívia e o Paraguai, QUE agravaram-se em junho, a ponto de superar os recordes históricos para aquele mês.
Um estudo divulgado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aponta que, entre maio e junho, não foram registadas descargas elétricas nas áreas onde os incêndios começaram, confirmando a tese de que a causa das chamas é humana.
De acordo com o estudo, até agora, este ano, o fogo já consumiu cerca de 661 mil hectares do bioma, considerado um dos ecossistemas mais ricos do mundo em biodiversidade de flora e fauna.