Ingerir comida humana está a afetar os ursos selvagens



Há medida que os habitats são destruídos, e que existe uma maior aproximação e interação das espécies animais com os seres humanos, começam também a desenvolver-se mudanças na rotina das mesmas. A alimentação é um bom exemplo.

Um estudo da North Carolina State University e da Northern Michigan University decidiu avaliar o que impacto que a comida humana tem nos Urso-negros (Ursus americanus) selvagens. O grupo recolheu amostras de pelo e do intestino de 35 ursos, de maneira a, em primeiro lugar, compreender a sua dieta a longo prazo, mas também identificar os micróbios presentes no microbioma intestinal de cada animal.

“Neste estudo específico, queríamos saber como os alimentos humanos influenciam o microbioma intestinal dos ursos-negros”, afirma Sierra Gillman, uma das autoras do estudo.

Os resultados demonstram que quanto e  durante mais tempo os ursos selvagens consomem alimentos processados, menor é a diversidade de espécies microbianas e de diversidade filogenética.

Além dos restos de comida que os ursos possam encontrar, um grande fator que contribui para este feito são os iscos dos caçadores, que são colocados em determinados locais das florestas durante grandes períodos de tempo.

“Se a biodiversidade intestinal sofre quando os ursos começam a consumir mais comida humana, isso aumenta a possibilidade de ser mais difícil para os ursos variar o valor nutricional dos alimentos não humanos caso voltem a ter uma dieta ‘selvagem’”, explica a investigadora Erin A. McKenney.

A investigação sugere que para realmente protegermos as espécies, é preciso termos em conta o impacto que as atividades humanas têm na sua diversidade microbiana.





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