Investigadores do Porto criam ‘site’ para apoiar projetos de energia comunitária



Investigadores do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), no Porto, integraram um projeto que permitiu criar uma plataforma ‘online’ para apoiar projetos de energia comunitária nas diferentes fases de desenvolvimento.

Em comunicado, o instituto do Porto esclarece hoje que o ‘site’, intitulado ‘Energy Community Platform’, foi desenvolvido ao abrigo do projeto europeu COME RES (‘Community Energy for the Uptake of RES in the Electricity Sector’), financiado pelo programa Horizonte 2020.

A plataforma reúne recursos e ferramentas, a maioria de uso gratuito, para apoiar os projetos de energia comunitária nas suas diferentes fases de desenvolvimento, bem como um mapa com comunidades de energia em toda a Europa, por forma a facilitar a “colaboração” entre as diferentes comunidades além-fronteiras.

Outra das ferramentas disponível no ‘site’ é uma rede de especialistas para comunidades de energia que precisam de suporte profissional adicional.

No âmbito deste projeto, os investigadores do Porto foram responsáveis pela análise dos fatores legais, políticos, sociais e económicos associados à implementação da ferramenta em Portugal.

A equipa do INEGI criou também, em colaboração com outros investigadores, uma das ferramentas disponíveis na plataforma, nomeadamente, o “Teste de Sustentabilidade”, que visa avaliar a sustentabilidade e os benefícios ambientais, sociais e económicos de cada comunidade.

Citada no comunicado, a investigadora do INEGI responsável pelo projeto, Isabel Azevedo, destaca que o objetivo desta plataforma é “reduzir o tempo e esforço necessário para promover projetos de instalações de energia renovável e comunitária”, bem como “potenciar a transferência de boas práticas”.

Apesar de ser uma atividade prevista na lei desde 2020, a investigadora salienta que, em Portugal, as comunidades de energia renovável são ainda residuais, pelo que importa incentivar a sua criação, “pois figuram uma resposta à necessidade urgente de descarbonização das economias aliada a uma participação ativa dos cidadãos”.





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