Investigadores lançam guia para ajudar a proteger biodiversidade marinha em Portugal
O ISPA-Instituto Universitário e o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente lançaram esta quarta-feira um guia digital para ajudar a monitorizar e proteger a biodiversidade em Áreas Marinhas Protegidas ao longo da costa portuguesa.
Com o título ‘Guia de Boas Práticas para a Gestão e Monitorização de Áreas Marinhas Protegidas’, esta ferramenta resulta do projeto BiodivAMP e foi disponibilizada em formato digital e pode ser acedida por todos.
Em comunicado, as instituições lembram que “o aumento da temperatura global, da poluição e da sobrepesca levaram a uma grande diminuição da biodiversidade, causando um grande desequilíbrio nos ecossistemas marinhos”.
Por isso, as Áreas Marinhas Protegidas (AMP) têm sido das ferramentas mais utilizadas nas últimas décadas para a conservação de habitats e de recursos marinhos, em particular através da exclusão ou redução de atividades como a pesca ou atividades destrutivas.
“Para que Portugal possa honrar o compromisso assumido perante as Nações Unidas e a União Europeia de monitorizar e proteger o meio marinho, é fundamental garantir que a gestão das AMP seja eficaz”, salientam os investigadores. Neste sentido, surge o projeto BioDivAMP que procura desenvolver ferramentas para ajudar a monitorizar e proteger a biodiversidade em AMP ao longo da costa portuguesa.
Em nota, as instituições dizem que este guia “pretende ser uma ferramenta prática, útil e acessível a todos os intervenientes na gestão de Áreas Marinhas Protegidas (AMP), e baseia-se em informação científica sobre boas práticas na gestão e monitorização de AMP”.
No documento é possível encontrar um manual que permitirá obter suporte político e financeiro, identificar lacunas de informação, desenvolver um plano de comunicação, criar listas de objetivos para monitorização ou ainda rever e adaptar o plano aos recursos disponíveis. “Todas estas ferramentas contribuem para facilitar a avaliação do progresso face aos objetivos e utilizar os resultados obtidos em processos de gestão adaptativa, melhorando, assim, a gestão a cada novo ciclo”, salientam.
O ‘Guia de Boas Práticas para a Gestão e Monitorização de Áreas Marinhas Protegidas’ está organizado em três partes principais – ‘Apresentação do guia e conceitos-chave’, ‘Guia passo-a-passo para a elaboração de um plano de gestão e governança’ e ‘Guia passo-a-passo para a monitorização e avaliação de Áreas Marinhas Protegidas’ –, seguidas de uma secção de recomendações finais.