Megalodonte, o grande tubarão, não se alimentava apenas de outros predadores



O gigante tubarão megalodonte (Otodus megalodon, anteriormente conhecido como Carcharocles megalodon) dominou os mares e oceanos do mundo há cerca de 23 milhões de anos, até se ter extinguido há perto de 3,6 milhões de anos, porventura por causa do surgimento dos atuais tubarões-brancos.

Imvestigador Jeremy McCormack com um dente fossilizado de megalodonte. Foto: Uwe Dettmar / Goethe University

Considerado o maior tubarão e peixe que alguma vez terá existido, com quase 25 metros de comprimento (o tubarão-baleia, o maior peixe do mundo, mede aproximadamente 18 metros), e catapultado para a fama mundial através de filmes como “Meg: O tubarão gigante”, do realizador Jon Turteltaub, o megalodonte povoa o imaginário popular como um predador de predadores, alimentando-se quase só de outros grandes animais marinhos no topo da cadeia alimentar.

No entanto, uma nova investigação revela que o megalodonte se terá alimentado não apenas de outros predadores, mas também de vários outros animais em vários níveis das cadeias tróficas.

Um grupo internacional de cientistas liderado Jeremy McCormack, da Universidade Goethe em Frankfurt, na Alemanha, analisou dentes fossilizados de megalodonte e descobriu que o grande tubarão pré-histórico, cujo nome deriva da expressão grega “dente grande”, se alimentava, há 20 milhões de anos, de peixes, tubarões grandes e pequenos e de cetáceos, como os antepassados dos golfinhos e baleias modernos.

Assim, afirma McCormack, em comunicado, o megalodonte era, na verdade, um “generalista ecologicamente versátil”, sendo “suficientemente flexível para se alimentar de mamíferos marinhos e de grandes peixes, do topo da pirâmide alimentar, bem como dos níveis mais baixos”. Tudo dependia da disponibilidade de presas, pelo que o megalodonte não se limitava a apenas um ou outro grupo, sendo, por isso, um “supercarnívoro oportunista”.

A conclusão resulta da análise do conteúdo de zinco presente nos dentes fossilizados. O zinco é um elemento é absorvido pelo esmalte dos dentes do megalodonte, bem como de outros predadores, ao se alimentarem de presas que o têm presente nos seus tecidos e órgãos, pelo que é um método que ajuda a perceber as teias alimentares de há milhões de anos.






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