Multados em 400.000 euros ativistas climáticos que paralisaram aeroporto de Hamburgo



Dez ativistas climáticos que em 2023 paralisaram o aeroporto da cidade alemã de Hamburgo terão de pagar 400.000 euros de indemnização à companhia aérea Lufthansa, segundo decisão do Tribunal Distrital, foi ontem anunciado.

Nos termos da decisão judicial, emitida há alguns dias e hoje publicada, com esta multa, os ativistas do grupo Last Generation (Última Geração) deverão ressarcir a companhia aérea alemã pelo custo das compensações pagas aos passageiros, do combustível desperdiçado e das receitas que perdeu.

Ao bloquearem a pista, os ativistas escolheram uma forma de protesto que interferia com as operações legais das companhias aéreas e, por isso, “transgrediram deliberadamente os limites do direito penal”, sublinhou o tribunal, embora o objetivo da mobilização não só fosse legítimo, como também “essencial para a sobrevivência da sociedade humana na sua forma atual”.

Além disso, o tribunal determinou que os ativistas deverão também suportar todas as despesas futuras em que incorram a empresa autora da ação e outras companhias aéreas em consequência do bloqueio e cumprirão dois anos de prisão caso não paguem a multa imposta.

A sentença ainda não transitou em julgado e pode ser alvo de recurso no prazo de um mês.

O grupo de ativistas climáticos irrompeu pelo aeroporto de Hamburgo, no norte da Alemanha, a 13 de julho de 2023 e impediu descolagens e aterragens durante cerca de quatro horas.

Durante esse período, tiveram de ser cancelados 57 voos de companhias aéreas do grupo Lufthansa.






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