Peixe com 140 milhões de anos à beira da extinção



O esturjão-chinês, um dos mais antigos seres vivos à face da Terra, está em vias de extinção devido à poluição do rio Yangtze. O esturjão-chinês é considerado um “tesouro nacional” na China, mas nem isso o salvará de um desparecimento anunciado, fruto da poluição, pesca excessiva e perda de habitat para a construção de barragens.

Em 2013, de acordo com a Academia Chinesa de Ciência da Pesca, não houve reprodução natural de esturjão-chinês pela primeira vez nos 32 anos que os cientistas monitorizam esta espécie.

“O facto de não existir reprodução natural significa que o esturjão-chinês não pode expandir a sua população e, sem protecção, poderá estar à beira da extinção”, explicou Wei Qiwie, um investigador da academia.

Actualmente existem apenas 100 esturjões-chinês no seu habitat. E esta não é a única espécie a perder biodiversidade no rio Yangtze: a população de golfinhos decresceu 99,4% entre 1980 e 2006; e a população de jacarés caiu 97% de 1995 para 2010, segundo a AFP.

Nos últimos 50 anos, de acordo com a WWF (World Wildlife Fund), o nível de poluição cresceu 73% no rio Yangtze, sobretudo devido aos resíduos industriais, agrícolas e esgotos descarregados para a água.

A quantidade exorbitante de poluidores deu lugar à eutrofização, um processo no qual o excesso de nutrientes cria uma condição de baixo oxigénio, tornando quase impossível a vida para todas as espécies.

Os esturjões-chinês são considerados um fóssil vivo – terão sido contemporâneos dos dinossauros, há 140 milhões de anos.





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