PIEP apresenta projetos inovadores em polímeros sustentáveis e ecologicamente mais seguros



O PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros vai apresentar os resultados de nove projetos de investigação, desenvolvimento e inovação na área dos polímeros sustentáveis no Plastics Summit – Global Event 2025, que se realiza no próximo dia 6 de outubro, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), foi divulgado em comunicado.

Segundo a mesma fonte, integrados no âmbito da Agenda Mobilizadora para Plásticos Sustentáveis do PRR, estes projetos testemunham a liderança, compromisso e capacidade do PIEP para criar soluções ecologicamente seguras, com foco no desenvolvimento de novos polímeros reciclados, biopolímeros e materiais biocompostáveis.

Sob o mote “Rumo a uma Nova Era de Sustentabilidade Responsável e Holística”, esta cimeira internacional posiciona-se como um ponto de encontro estratégico para líderes empresariais, decisores políticos, investigadores e representantes da sociedade civil. O evento vai reunir mais de 1.500 participantes de todo o mundo para discutir o futuro do setor dos plásticos no contexto da sustentabilidade e da economia circular.

Nesse âmbito, o PIEP apresenta um conjunto de projetos inovadores, nos quais através das suas equipas de investigadores e parceiros industriais e académicos, foi possível alcançar o objetivo comum de reduzir os resíduos de materiais plásticos e promover práticas sustentáveis na indústria, rumo à economia circular. Os projetos “Olivepit” e o “Ecoboard” estão entre as várias iniciativas pioneiras que trazem avanços significativos na área dos materiais sustentáveis.

O projeto “Olivepit”, desenvolvido em colaboração com a Sovena, Safiplás e Flexaco, tem o seu foco na transformação e valorização de caroços de azeitona, um subproduto natural da produção de azeite, em polímeros biodegradáveis. Este projeto visa reduzir e reutilizar o desperdício agrícola ao mesmo tempo que cria alternativas biocompostáveis aos plásticos tradicionais, a partir das quais foi desenvolvida uma nova forma para calçado.

Pretende-se que a nova forma tenha a flexibilidade e a resistência necessárias para que, ao ser colocada no interior do sapato, forneça a sustentação adequada. No final do ciclo de vida espera-se que a mesma possa ser colocada no contentor de compostagem e, desta forma, entrar novamente no circuito de valorização, sendo posteriormente utilizada para fertilizantes.

O projeto “Ecoboard”, do qual é parceiro a Sirplaste, a Sedacor e a IKEA Industry Portugal, permitiu efetuar a valorização de resíduos provenientes da reciclagem de embalagens no desenvolvimento de materiais sustentáveis para a produção de placas para o transporte de móveis, assim como para a produção de componentes para o próprio mobiliário, oferecendo uma alternativa sustentável ao aglomerado de madeira convencional. O “Ecoboard” promete revolucionar a maneira como se podem utilizar os recursos, impulsionando a transição global para uma economia circular e diminuindo a pegada ecológica.

Estas soluções representam o compromisso do PIEP com a transição para a economia circular, reduzindo resíduos e impulsionando a adoção de polímeros sustentáveis na indústria. Só na área da sustentabilidade, o PIEP tem atualmente mais de 30 projetos em curso, envolvendo um montante de financiamento no valor de 14 milhões de euros.

“Com a aposta nos polímeros sustentáveis, estamos não apenas a expandir os limites da investigação científica, mas também a colaborar com empresas líderes da indústria para criar soluções que agregam inovação e valor acrescentado. Projetos como estes demonstram o nosso compromisso com o desenvolvimento de materiais e tecnologias que respondam às necessidades atuais e de futuro da nossa sociedade, ao mesmo tempo que promovem a economia circular e protegem o ambiente para as gerações futuras”, afirma Cláudia Cristovão, diretora geral do PIEP.

Sobre o PIEP

Fundado em 2000, em Guimarães, o PIEP é um reconhecido Centro de Tecnologia e Inovação Português, especializado em engenharia de polímeros e soluções inovadoras para a indústria dos plásticos e seus sectores conexos, como o automóvel, embalagem, aeronáutica, espaço, ferrovia, energia, calçado, construção e dispositivos médicos.

Fruto de um investimento continuado em equipamento de última geração, o PIEP possui competências nas áreas de ecodesign e desenvolvimento de produtos, processos avançados de fabrico, testes e ensaios, polímeros inteligentes e sustentáveis, economia circular e ambiente, digitalização e automação, colaborando com universidades, centros de investigação e a indústria para promover a sustentabilidade e os avanços tecnológicos no setor, aplicando a inovação do laboratório aos desafios da sociedade.






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