PR moçambicano agradece a Trump financiamento a projeto de gás em Cabo Delgado



O Presidente de Moçambique agradeceu ao homólogo norte-americano a aprovação de financiamento de 4,3 mil milhões de euros para um projeto de gás natural, que deverá criar 20 mil empregos nos EUA.

“O vosso apoio desempenha um papel crucial no avanço deste projeto crucial. O projeto Moçambique LNG [sigla em inglês de Gás Natural Liquefeito] tem o potencial de gerar 13 milhões de toneladas de LNG por ano, criar 40 mil novos empregos, incluindo aproximadamente 20 mil nos EUA”, lê-se na mensagem enviada por Daniel Chapo a Donald Trump e divulgada hoje pela Presidência moçambicana.

“Este apoio permite a participação de empresas norte-americanas em Moçambique e contribui para a segurança energética global, no quadro de uma parceria sólida entre os nossos dois países”, acrescenta a missiva, a propósito da aprovação de um financiamento para o projeto de LNG pelo banco Exim dos Estados Unidos.

Daniel Chapo sublinha que o projeto, avaliado em 15 mil milhões de dólares (13,7 mil milhões de euros), representa também “um compromisso com a proteção dos recursos naturais da África austral e oriental”.

“Ao promover o desenvolvimento responsável, estamos a garantir que esses recursos beneficiem tanto a população local quanto os nossos parceiros globais”, sublinhou Chapo.

A petrolífera TotalEnergies afirmou esta semana que o financiamento para retomar o megaprojeto de exploração de gás natural em Cabo Delgado, norte de Moçambique, está quase fechado, depois do aval do Exim.

“Estamos ainda numa situação de força maior, o projeto não reiniciou ainda, mas um dos passos críticos era a decisão do Exim Bank, que reconfirmou, reafirmou, o seu suporte para o financiamento global do projeto. É um financiamento muito importante, é um passo crítico”, afirmou o diretor da TotalEnergies para Moçambique, Maxime Rabilloud.

O responsável reagia à reconfirmação, em 13 de março, pela administração do Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos da América (Exim Bank) do financiamento de 4,7 mil milhões de dólares (4,3 mil milhões de euros) para o projeto em Moçambique.

A TotalEnergies, líder do consórcio da Área 1, tem em curso o desenvolvimento da construção de uma central, em Afungi, nas proximidades de Palma, na província de Cabo Delgado, para produção e exportação de gás natural.

O projeto de Gás Natural Liquefeito da TotalEnergies, um dos três em desenvolvimento em Moçambique, está suspenso desde 2021, devido aos ataques terroristas em Cabo Delgado, que levou a petrolífera a invocar a cláusula de força maior e a retirar todo o pessoal do estaleiro de obras.

Tal obrigou o consórcio de bancos financiadores a reconfirmarem o financiamento previamente aprovado, estando a retoma do projeto também condicionada ao restabelecimento da segurança, que conta naquela área com o apoio das forças armadas do Ruanda.

Maxime Rabilloud recordou que o financiamento global para o projeto, com vários bancos e agências de crédito internacionais, é de 15 mil milhões de dólares. Além do Exim Bank norte-americano, disse, os bancos asiáticos do consórcio financiador já tinham reconfirmado igualmente um financiamento de cerca de cinco mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros), estando apenas pendente a reconfirmação do financiamento de bancos europeus.

Desde outubro de 2017 que Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada, que provocou milhares de mortos e uma crise humanitária, com mais de um milhão de pessoas deslocadas.





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