Qual a pegada ecológica dos municípios portugueses?
É já amanhã que é tornada pública a Pegada Ecológica de Guimarães, num evento que contará com a presença da Global Footprint Network, numa parceria com a associação Zero.
Almada, Bragança, Castelo Branco, Guimarães, Lagoa e Vila Nova de Gaia juntaram-se a este projecto que resulta de uma colaboração entre Zero a Global Footprint Network e a Unidade de Investigação GOVCOPP da Universidade de Aveiro, e ainda com a colaboração de investigadores da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e da Faculdade de Direito da Universidade do Porto.
Potenciar o desempenho nacional no contexto das cidades para desafio global, e alargar os possíveis campos de aplicação desta ferramenta de avaliação e monitorização de sustentabilidade mundialmente reconhecida é o objectivo desta iniciativa. “Para serem resilientes e bem-sucedidos, os municípios precisam de encontrar formas de actuar e de proporcionar uma vida próspera aos seus cidadãos, dentro dos limites do planeta, e para isso é necessária informação quantificada capaz de influenciar as tomadas de decisões”, afirma a Zero em comunicado.
Em 2011, Portugal detinha a 9ª Pegada Ecológica mais elevada entre 24 países do Mediterrâneo, com 3.3 hectares globais (gha) per capita, enquanto a sua bio-capacidade era, para o mesmo período, de aproximadamente 1.5 gha per capita. Como podem as cidades e os governos locais de Portugal contribuir para atingir o objectivo de vivermos apenas com os recursos de 1 planeta, dentro de algumas décadas?
Do processo negocial entre estas instituições e as autarquias envolvidas, resultou o projecto “Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses”, inovador à escala mundial, onde, para além do cálculo da Pegada Ecológica, existem mais três novidades: cálculo da bio-capacidade ao nível da Autarquia; proposta de realocação das verbas pelos diferentes Municípios tendo em conta a contribuição local para a bio-capacidade nacional, e o seu peso na pegada nacional; instalação de calculadoras de Pegada Ecológica para os munícipes nos sites das autarquias participantes.
Além da apresentação da Pegada Ecológica de Guimarães, por Sara Moreno Pires, da Universidade de Aveiro, a sessão incluirá uma apresentação da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, por Paulo Magalhães, coordenador do Projecto Pegadas Municípios Portugueses, a apresentação pela Global Footprint Network, por Laetitia Mailhes, e a comunicação ”Guimarães Mais Verde”, por Isabel Loureiro, Coordenadora Executiva da Candidatura a Capital Verde Europeia 2020. Domingos Bragança, Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, encerrará a sessão.
Foto: a m / flickr