Sintra recolhe 15.500 toneladas de biorresíduos em 2024



O Município de Sintra recolheu cerca de 15.500 toneladas de biorresíduos em 2024, com 14.000 toneladas correspondentes a resíduos “verdes” e 1.500 toneladas de restos alimentares, neste caso provenientes do circuito exclusivo de recolha dedicada e de deposição de sacos verdes, foi divulgado em comunicado.

Segundo a mesma fonte, um ano após a obrigatoriedade de implementação do Sistema de Recolha Seletiva de Biorresíduos, os indicadores de recolha começam a evoluir favoravelmente, em resultado do envolvimento de 75 mil pessoas no setor doméstico, cerca de 400 espaços de restauração e similares e 100 entidades públicas e privadas de maior dimensão, prevendo-se um aumento da recolha junto destes grandes produtores com o reforço da frota de recolha.

Para o efeito, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) adquiriram uma viatura 100% elétrica, no valor de cerca de 400 mil euros, que irá entrar ao ativo em breve.

Enquanto a recolha seletiva continua a aumentar, mas relativamente aquém das metas impostas a nível comunitário, com as fileiras tradicionais (papel/cartão, plástico/metal e vidro) a totalizarem pouco mais de 15.500 toneladas, os resíduos “verdes” registaram uma significativa subida de 15%, com um acréscimo de 1.784 toneladas em relação a 2023.

Uma evolução importante para o aumento da valorização de resíduos, já que, juntamente com os restos alimentares, estes resíduos “verdes” são desviados do encaminhamento para aterro e permitem a produção de composto para a fertilização de solos agrícolas e/ou produção de energia.

O aumento da produção de resíduos no concelho de Sintra é outro dos dados registados no ano anterior, com um crescimento de 5% em 2024, quando comparado com o ano anterior, totalizando 194.196 toneladas.

Após um ligeiro decréscimo nos anos anteriores, a recolha de resíduos voltou a subir, com mais oito mil toneladas do que em 2023, mantendo uma tendência crescente que se afigura preocupante.

A mesma preocupação merecem os números respeitantes aos resíduos volumosos, os denominados “monos” ou “monstros”, que continuam a “disparar” e que, pela primeira vez, ultrapassaram as 10.000 toneladas. Um acréscimo de 11,6% em relação ao ano anterior, mas que se assume “avassalador” quando se comparam os dados de 2014 com 2024: 1.814 toneladas e 10.394 toneladas, respetivamente, o que corresponde a um aumento de 473%.

O descarte ilegal de resíduos junto aos equipamentos de deposição, em especial de “monos”, continua a ser uma da principais preocupações, motivando a articulação entre os SMAS de Sintra, Câmara Municipal e as juntas de freguesia, para mitigar um flagelo que, quotidianamente, ocupa o espaço público com móveis, colchões e equipamentos elétricos e eletrónicos, como frigoríficos, máquinas de lavar e televisores.

Para além da possibilidade de agendamento de recolha, totalmente gratuita até 10 unidades por mês (“monos”) e 5 m3 por semana (“verdes”), os munícipes podem entregar os seus resíduos no Centro de Deposição Temporária existente em São João das Lampas, que também recebe outras tipologias de resíduos como os provenientes de construção e demolição (RCD), óleos lubrificantes e pneus.

No caso dos resíduos resultantes de limpeza e manutenção de jardins, espaços verdes públicos ou zonas de cultivo e das habitações, nomeadamente aparas, troncos, ramos, cortes de relva e ervas, está disponível ainda um centro de deposição temporária em Colares, no recinto da Estação de Tratamento de Águas Residuais (situada no Caminho do Reconco, na Várzea de Colares), que funciona de segunda-feira a sábado (das 8h30 às 18h30).

 

Para aumentar a resposta aos munícipes, a Electrão-Associação de Gestão de Resíduos e os SMAS de Sintra vão disponibilizar um serviço de recolha porta-a-porta de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos, que permitirá a recolha, na própria habitação de qualquer munícipe, de frigoríficos, máquinas de lavar, televisores e outros equipamentos usados, que serão encaminhados para reciclagem. Aquando da recolha, que será efetuada no prazo de dois a três dias úteis através de viatura específica, a equipa da Electrão poderá recolher outros resíduos elétricos, como telemóveis, lâmpadas, pilhas e pequenos eletrodomésticos. Um serviço a operacionalizar em meados de fevereiro, com o mote “Estejam na Cozinha ou na Garagem, Nós levamo-los para Reciclagem”.





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