Tigres dentes-de-sabre mantinham caninos expostos com a boca fechada



Um estudo sobre o tigre dentes-de-sabre Megantereon, predador do tamanho do jaguar moderno que viveu durante o Plioceno e Pleistoceno na Eurásia, África e América do Norte, confirmou que tinha caninos superiores que permaneciam expostos com a boca fechada.

Cientistas chegaram a esta conclusão após o estudo detalhado de como seriam os músculos faciais e as partes moles associadas, bem como a anatomia craniana e mandibular destes felinos, que teriam esta característica, ao contrário de outros tigres dentes-de-sabre, como Machairodus e Homotherium.

Os resultados desta investigação, liderada pelo Museu Nacional de Ciências Naturais (MNCN-CSIC) e na qual participou a Fundação Conjunto Paleontológico de Teruel-Dinópolis, revelaram como os caninos superiores permaneceram fora da boca em certas espécies de dentes felinos.

O Megantereon tinha caninos superiores muito longos e comprimidos lateralmente e uma mandíbula com uma forte projeção ventral da sua parte anterior, quase do mesmo comprimento dos caninos, detalhou, em comunicado, o Governo de Aragão.

Os dados obtidos a partir de espécies contemporâneas foram comparados com os fornecidos por vários crânios de Megantereon de sítios chineses e franceses, o que permitiu estudar as proporções cranianas e inferir a estrutura e disposição dos músculos faciais e dos lábios.

O trabalho insere-se no projeto de investigação COEVOFEL – Felinos de dentes cónicos vs. Tigres-dentes-de-sabre: origem, coevolução e paleobiologia, premiado pelo Ministério da Ciência, Inovação e Universidades, e dirigido por Manuel Salesa (MNCN-CSIC).





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