Uma impressionante onda de gelo comprimido na Antárctida (com FOTOS)



A Antárctida proporciona fotos incríveis e as que hoje lhe mostramos não fogem à regra. À primeira vista, elas parecem representar uma onda gelada, que terá ficado a meio do seu caminho pelas implacáveis baixas temperaturas.

Na verdade, o que as fotos tiradas pelo cientista Tony Travouillon representam é gelo comprimido, um fenómeno natural que azula o gelo.

As camadas de gelo têm 15 metros e encontram-se em Dumont D’Urville, uma estação científica francesa situada em Île des Pétrels, Antárctida.

Estas torres azuis foram criadas quando o gelo foi comprimido e as bolhas de ar presas foram expulsas. Durante o Verão, o gelo da superfície derrete e novas camadas de gelo comprimem-se no topo.

O gelo tem a cor azul porque, quando a luz passa através do gelo espesso, uma luz azul é transmitida para fora, enquanto a luz vermelha é absorvida. Se as bolhas não fossem compactadas fariam dispersar a luz, ou seja, tudo seria reflectido de volta e parecia branco.

“É necessária uma apreciável espessura de gelo puro para absorver suficiente luz vermelha e para que apenas a azul seja transmitida. Podemos ver o efeito de neve em profundidades relativamente rasas, porque a luz é reflectida repetidamente entre grãos de gelo, perdendo um pouco de vermelho em cada salto”, escreveu Larry Gedney no Alaska Science Forum.

“Até podemos ver uma gradação da cor dentro de um buraco de neve funda e limpa. Perto da abertura, a luz transmitida é amarela”, continua o cientista.

Tony Travouillon, o autor das fotos, trabalha na Caltech, na Califórnia, tendo viajado para a Antárctida na sequência do seu doutoramento para a Universidade de New South Wales, em Sydney, Austrália.

Veja as fotos.






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