Volkswagen ameaça com desemprego para evitar corte nas emissões Europeias de CO2



Recentemente, noticiámos que o Parlamento Europeu queria regras mais apertadas para as emissões de CO2 de veículos novos. Mas agora que a questão foi a debate, a Volkswagen, juntamente com a Alemanha, opôs-se às regras mais apertadas, e obrigou a um compromisso de uma redução de apenas 30% em 2040 – valor demasiado baixo tendo em conta o recente relatório do IPCC sobre as consequências catastróficas para o planeta de continuarmos a emitir CO2.

A ONG Transport & Environment (T&E) também já disse que este acordo não é suficiente para cumprirmos as metas Europeias para 2030 sobre clima e evitar as perigosas mudanças climáticas de que fala o relatório do IPCC.

A Volkswagen, que recentemente anunciou os seus planos para criar a plataforma elétrica que iria permitir à empresa produzir veículos elétricos aos milhões, recorreu à tática da ameaça da perda de empregos para impedir as novas regras mais apertas. Segundo Herbert Diess, CEO do grupo, a indústria iria perder 100 mil empregos se as novas regras fossem em frente.

 

Empresa das contradições
Não se compreende a posição do CEO, quando estamos a falar da mesma empresa que diz estar empenhada na eletrificação da sua frota. Estamos também a falar da empresa que esteve na origem do escândalo das emissões dos veículos diesel. E perante o relatório catastrófico do IPCC sobre as mudanças climáticas, as perdas para a economia mundial serão muito superiores aos 100 mil empregos que supostamente se vão perder, se não fizemos nada e não cortarmos as emissões de CO2 substancialmente.

Mesmo que não fosse urgente acabar com o motor de combustão interna por causa das mudanças climáticas, seria urgente fazê-lo por causa da poluição. Só na Europa, a poluição atmosférica mata 400 mil pessoas por ano.





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...