Zara proíbe lã de angorá



A maior empresa de vestuário do mundo, Inditex, anunciou esta semana a sua proibição à venda de lã de angorá nas suas 6.200 lojas globais. A galega Inditex, detentora de marcas como Zara ou Massimo Dutti, responde assim aos vários protestos e pedidos de activistas pelos direitos dos animais pela forma cruel como a angorá é produzida – a partir dos coelhos com o mesmo nome.

“Não encontrámos provas de práticas cruéis nas quintas que fornecem lã de angorá aos nossos fornecedores. Mas depois de reunirmos com organizações pró-animais para explorar mais formas sustentáveis de produzir angorá e ajudar a melhorar os standards na indústria, decidimos proibir a produção de angorá”, explicou um porta-voz da empresa ao The Guardian. “Tomámos a decisão correcta”, continuou.

Ainda de acordo com a Inditex, o stock actual de lã de angorá – sobretudo casacos e camisolas – será doado aos refugiados sírios no Líbano.

Esta decisão da Inditex tem como pano de fundo um relatório da consultora australiana Vative, que revelou que 90% da pele de angorá do mundo é produzida na China, país que quase não tem regulação no sector. Uma investigação de 2013 da PETA, por outro lado, denunciou que a pele era arrancada dos animais quando estes ainda estavam vivos. Depois, os animais eram recolocados em pequenas jaulas, para que a sua pele voltasse a crescer.

Foto: zach.hodgson / Creative Commons





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