Edelman Health Barometer: saúde e bem-estar depende cada vez mais da nossa atitude individual
A melhoria da saúde e do bem-estar dos cidadãos depende cada vez mais da sua atitude individual e dos estilos de vida que estes adoptam, os quais podem ser bastante influenciados pela família e amigos mas também pelos profissionais de saúde.
Esta é uma das principais conclusões do Edelman Health Barometer 2011, um estudo internacional desenvolvido pela Edelman e que entrevistou 15 mil pessoas em 12 países – como o Brasil, França, Rússia, China ou Japão.
Por outras palavras, o estudo explica que os doentes mandam mais do que pensam, ou seja, está nas mãos de cada um escolher entre ter saúde e estar doente. Concorda?
“Numa altura em que os constrangimentos económicos e financeiros nacionais obrigam a tomar decisões no que diz respeito à saúde, em geral, e ao Serviço Nacional de Saúde, em particular, as conclusões do Edelman Healthe Barometer 2011 apresentam uma perspectiva relevante no que diz respeito à sustentabilidade da saúde”, explica em comunicado a GCI, consultora de comunicação e Public Engagement que, em Portugal, é afiliada da Edelman.
Assim, o estilo de vida é considerado pelos inquiridos como o factor que maior impacto tem na sua saúde (56%), seguido pela Nutrição (55%), o Ambiente (44%) e, em última instância, o Sistema de Prestação de Cuidados de Saúde (38%). “O cidadão atribui a maior quota de responsabilidade a si próprio”, continua a GCI.
Por outro lado, e depois deles próprios, quase metade (43%) dos inquiridos considera que os seus amigos e a sua família são quem tem mais influência nos seus estilos de vida no que respeita à saúde. Adicionalmente, mais de um terço (36%) acredita que a família e os amigos são quem tem uma maior influência nas suas decisões pessoais de nutrição.
“As conclusões do Health Barometer indicam claramente que é a mudança de estilos de vida a variável com maior impacto na saúde individual e colectiva. O que quer dizer que a promoção e sensibilização para a adopção de um estilo de vida mais saudável é a forma mais eficaz – a médio-longo prazo – de garantirmos a sustentabilidade na Saúde em Portugal. E hoje sabemos que, para o conseguir, é preciso envolver, para além dos especialistas em Saúde (médicos, farmacêuticos), a família e amigos, que são os agentes que mais influenciam o comportamento dos consumidores”, explicou José Manuel Costa, presidente da GCI.
O papel das empresas na nossa saúde também é abordado neste estudo. É esperado que as empresas tenham “um papel mais activo na defesa da saúde e bem-estar dos seus empregados e da comunidade que lhes é próxima”.
Assim, 82% dos questionados considera que as empresas devem contribuir para melhorar as condições de saúde das pessoas – sendo que apenas 32% considera que as empresas estão a fazer um bom trabalho neste aspecto.
“Os inquiridos esperam, efectivamente, um maior empenho das empresas com os temas da saúde em vários aspectos, nomeadamente pela sensibilização do público, pela inovação e melhorando a saúde dos seus colaboradores e da comunidade”, revela o comunicado da GCI.
“O papel que é esperado das empresas é mais bem descrito pelas suas expectativas em relação à saúde: 80% dos inquiridos considera que saúde é mais do que “não ter doenças”; as pessoas querem que as instituições, enquanto empregadores, educadores, inovadores e fontes de informação, os ajudem a mudar comportamentos, a ter hábitos de vida mais saudáveis e a exercer uma influência positiva no bem-estar dos outros cidadãos”, afirma, por sua vez, Richard Edelman, CEO da Edelman.
O Edelman Health Barometer avalia atitudes e tendências nas áreas da saúde e do bem-estar e pode ser consultado aqui.