Há 30 mil hectares de cultura em risco de seca no Alentejo
O alerta vem da Federação Nacional de Regantes de Portugal (Fenareg) e é consequência directa da seca e dos baixos níveis de armazenamento de água em albufeiras: há 30 mil hectares de terras próprias para cultura em risco em pleno Alentejo.
Pelo terceiro ano consecutivo, os níveis de precipitação em Portugal ficaram muito abaixo do desejado, e a situação foi especialmente notória na região do Alentejo, onde o “valor médio acumulado, neste ano hidrológico, não ultrapassou 400 milímetros”.
Ora, com as bacias hidrográficas com níveis de reserva tão baixos, a Fenareg alerta que poderão existir medidas de rateio de água na campanha de rega deste ano. “A bacia hidrográfica do Sado apresenta registos críticos de volumes armazenados úteis nas albufeiras”, com a albufeira de Odivelas a registar 6% e a do Roxo, que serve perímetros de rega e garante o abastecimento público a Beja e Aljustrel, 10%.”, alerta a associação.
Também os perímetros de rega do Vale do Sado, que serve o concelho de Alcácer do Sal, de Campilhas, que abastece freguesias dos concelhos de Santiago do Cacém, Ourique e Odemira, e da Vigia, que serve o concelho de Redondo, estão com níveis de armazenamento de água em níveis entre os 40 e 50%.
A situação está a preocupar as associações locais, caso da Associação de Beneficiários da Obra de Rega de Odivelas (ABORO), que anunciou a decisão de ratear a água destinada para rega, dando a possibilidade aos seus regantes de não utilizarem a água do Alqueva – pelo seu elevado custo- se assim quiserem.
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