Vai nascer um novo “Livro Vermelho dos Peixes Marinhos de Portugal”



O Oceanário de Lisboa e a Fundação Oceano Azul, em colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa (CML), estão a desenvolver o novo “Livro Vermelho dos Peixes Marinhos de Portugal”.

Esta produção tem como principal objetivo reunir e atualizar o máximo de informação, para melhorar a conservação das espécies. O único livro do género publicado em Portugal foi elaborado em 1992/ 993, sendo esta revisão e atualização urgente, “sobretudo num momento em que o mundo enfrenta uma crise climática e de extinção de espécies, e que para preservar a biodiversidade e a vida marinha se torna crítico saber quais os níveis de ameaça a que cada espécie está sujeita”, explicam as entidades.

Este livro será uma ferramenta determinante que permitirá ambicionar uma melhor proteção e conservação no mar de Portugal. Prevê-se que o livro esteja concluído em 2023, sendo posteriormente publicado.

A CML assinou um protocolo no mês de julho, no qual assegurou um financiamento de 100 mil euros para apoiar este projeto, montante que permitirá avançar já com a investigação e recolha de informação sobre diversas espécies. José Sá Fernandes, Vereador do Pelouro do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia da Câmara Municipal de Lisboa, sublinha que “este é o modo de Lisboa dar um contributo e um impulso à investigação científica e à relação umbilical que sempre teve com o mar”.

João Falcato, CEO do Oceanário de Lisboa, considera que o Livro Vermelho dos Peixes Marinhos de Portugal “é crítico para a preservação da biodiversidade assegurar o conhecimento científico que possa fundamentar as decisões que são necessárias à proteção das espécies marinhas. Por isso, é muito importante o Oceanário poder continuar a contribuir de forma significativa para a conservação do Oceano. (…) O apoio dado pela Câmara Municipal de Lisboa foi essencial, nomeadamente nesta altura de maior dificuldade financeira, para podermos dar início a este projeto crítico e ambicioso, ao qual esperamos que mais entidades venham a juntar-se.”

Através do seu trabalho, o Oceanário de Lisboa tem também contribuído para a conservação do oceano. Desde 2018, através de uma parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza, e ao integrar um Species Survival Officer na sua equipa, já colaborou na identificação de mais de 700 espécies, o que representa cerca de 20% das espécies marinhas avaliadas internacionalmente.





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