Faleceu o ambientalista britânico James Lovelock



No passado dia 26 de julho, dia em que celebrava 103 anos de idade, James Lovelock faleceu em casa, em Dorset, rodeado de familiares. Conhecido por “profeta do clima”, o cientista e ambientalista britânico era conhecido, entre outras razões, pela Teoria de Gaia, que defende que o nosso Planeta é uma comunidade auto-reguladora de organismos que interagem entre si.

Foi a família do mesmo que anunciou a sua morte, declarando que o seu estado de saúde teria piorado nos últimos meses, após uma queda no começo do ano. “Para o mundo ele era mais conhecido como um pioneiro científico, profeta climático e idealista da teoria de Gaia. Para nós, ele era um marido amoroso e um pai maravilhoso, com um senso de curiosidade sem limites, um senso de humor travesso e uma paixão pela natureza”, afirmam.

James Lovelock nasceu a 26 de julho de 1919 em Inglaterra, e o seu percurso passou pelas áreas da Química, Medicina e Biofísica. Entre os feitos pelos quais ficou reconhecido estão, o desenvolvimento de uma teoria quantitativa dos danos sofridos pelas células vivas quando congeladas e descongeladas, em taxas lentas ou moderadas, tendo em 1954 testado com sucesso o congelar e descongelar de hamsters; a criação do detetor de captura de elétrons, em 1956, que descobriu a presença de CFCs na atmosfera; e escreveu mais de 200 artigos científicos, bem como vários livros, como o Gaia: Um Novo Olhar para a Vida na Terra, em 1979, Gaia: Alerta Final, em 2009, e o Novacene: The Coming Age of Hyperintelligence, em 2019.

Nos últimos anos, o cientista alertava ainda para os efeitos prejudiciais da atividade humana no Planeta e para as consequências das alterações climáticas. Em entrevista ao jornal The Guardian, em 2020, mencionou que “a biosfera e eu estamos no último 1% das nossas vidas”.

 





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