Foram necessárias apenas 140 horas para construir o maior edifício da Europa impresso em 3D



Está em curso a construção do que está a ser anunciado como o maior edifício impresso em 3D da Europa, na cidade de Heidelberg, no sul da Alemanha, avança o “Euronews”

Segundo a mesma fonte, uma vez concluído, terá 55 metros de comprimento, 11 metros de largura e 9 metros de altura e albergará um centro de dados.

O trabalho de construção, normalmente realizado por dezenas de trabalhadores humanos, é feito por um robô gigantesco que imprime camadas e camadas de betão umas sobre as outras. Prevê-se que todo o processo demore apenas 140 horas de trabalho.

“É muito inovador. Numa fase posterior, é possível imaginar que haja apenas uma pessoa no local de construção para garantir que nada corre mal”, disse o criador, Hans-Joerg Kraus, citado pelo site.

A sua empresa, a Kraus Gruppe, afirma que o betão utilizado é feito de 100% de materiais reciclados e reduzirá a emissão de CO2 em 55% em comparação com o cimento Portland puro, o tipo de cimento mais utilizado em todo o mundo.

Arquitectura curvilínea

O promotor promete ainda que o edifício terá uma “arquitectura muito especial” que se assemelha a uma cortina.

Haverá saliências de 18 graus, o que, segundo a empresa, é impossível de fazer com meios convencionais.

Uma saliência é um elemento de um edifício que se projecta para além das paredes. É necessário para proporcionar uma protecção extra contra coisas como a chuva e o sol, mantendo o interior do edifício seguro e seco.

O interior do edifício curvo será pintado por um robot de pintura desenvolvido por um fabricante alemão de tintas, a Deutsche Amphibolin-Werke (DAW).

A Krause Gruppe espera que a construção esteja concluída em Julho de 2023.

Projetos semelhantes de construção impressa em 3D

Projetos semelhantes de construção impressa em 3D foram vistos noutros países, incluindo os Países Baixos e a China.

Em 2015, arquitetos holandeses utilizaram uma impressora 3D gigante para construir um protótipo de casa utilizando plástico à base de óleo vegetal.

Nesse mesmo ano, a empresa chinesa WinSun imprimiu em 3D um edifício de apartamentos de cinco andares e uma vivenda de 1100 m2 utilizando materiais reciclados.

Kraus diz que a tecnologia de impressão 3D pode permitir novos designs que não são viáveis com as técnicas atuais, mas não as substituirá totalmente.

“Estou convencido de que a impressão 3D tem um futuro brilhante”, afirmou Kraus. “Mas é evidente que nem tudo o que será construído nos próximos 20 anos virá de uma impressora 3D”.





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