Compensação a pescadores por reserva marinha algarvia é inédita



A ministra do Ambiente afirmou ontem que a compensação aos pescadores afetados pela criação do Parque Natural Marinho do Recife do Algarve – Pedra do Valado é pioneira em Portugal.

Maria da Graça Carvalho esteve ontem em Albufeira, na apresentação do parque natural marinho criado ao largo de Albufeira, Silves e Lagoa, e considerou que os 1,2 milhões de euros que vão ser atribuídos aos pescadores através do fundo Ambiental são “uma quantia já substancial”.

“Hoje foi um dia muito bom, é a primeira vez que se fez em Portugal uma compensação por causa de um parque natural, é uma compensação neste caso aos pescadores por verem a sua atividade reduzida, limitada, não é proibida, mas limitada, porque tem algumas condicionantes pelo ICNF [Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas]”, afirmou a governante aos jornalistas no final da cerimónia.

A ministra do Ambiente disse tratar-se de um parque “fantástico, com um número muito grande de espécies, de espécies que não se conheciam”, numa área que conta “com uma riqueza enorme nesta zona do Algarve” e como consequência de um processo que “correu muito bem, que nasceu da sociedade civil, nasceu na comunidade”.

A ministra destacou a participação dos presidentes de Câmara dos três municípios envolvidos, “de forças políticas diferentes, que se uniram, concordaram e tiveram a comunidade e as pessoas com eles, e com as associações de pescadores”, criando desta forma “um processo exemplar” que levou à criação desta área protegida ao largo do Algarve.

Maria da Graça Carvalho recordou que a criação do parque foi feita numa resolução do Governo anterior e salientou que a ação do atual executivo passou por “concretizar” com “um despacho que foi publicado hoje do Fundo Ambiental” e que “dá esta compensação aos pescadores de 1,2 milhões de euros”.





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