Fim de apoio a janelas eficientes deixa classe média sem qualquer ajuda



A Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (Anfaje) criticou hoje o fim do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis (PAES+), alertando que as famílias da classe média ficam sem qualquer ajuda para melhorar o isolamento térmico das habitações.

Em comunicado, a Anfaje defendeu que o problema do isolamento térmico dos edifícios é “um desafio que não se limita apenas às denominadas ‘famílias vulneráveis’, mas que se estende igualmente às famílias da classe média, as quais ficam sem qualquer apoio financeiro à melhoria do conforto das suas habitações”.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, anunciou, na sexta-feira, no parlamento, o lançamento de dois novos programas de apoio, destinados a pessoas e regiões mais vulneráveis – o E-Lar e o Áreas Urbanas Sustentáveis – com cerca de 50 milhões de euros cada, e o fim do PAES+.

A Anfaje realçou hoje que o novo apoio destina-se à instalação de aparelhos de ar condicionado, com IVA reduzido à taxa de 6%, e de eletrodomésticos, mesmo que mais eficientes, sem que se inclua a melhoria do isolamento térmico das habitações.

“Ao invés de melhorar o isolamento das suas habitações, [as famílias] terão de aumentar a sua fatura energética para deixar de ter frio no inverno e calor no verão”, apontou.

Para a associação, “as janelas eficientes, pelas suas características técnicas, evitam o consumo de energia, ao contrário dos aparelhos elétricos”, e, por isso, o caminho a seguir “é o redesenho e reforço do programa e não a sua extinção”.

A associação defende ainda a inclusão da taxa de IVA reduzido de 6% na instalação de janelas eficientes, como no caso da instalação de aparelhos de ar condicionado, continuando a aguardar a disponibilidade do Governo para a sua aplicação.





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