Pesca com arte-xávega obrigada a ter equipamentos de dissuasão acústica para proteger cetáceos



A pesca com arte-xávega está obrigada à instalação de equipamentos de dissuasão acústica nas redes para evitar as capturas acessórias de mamíferos marinhos, segundo um despacho da DGRM.

Este requisito aplica-se às áreas onde ocorram populações de cetáceos, como golfinhos e baleias, classificadas como “criticamente em risco de extinção”.

Nessas áreas, “as redes utilizadas na pesca com arte-xávega devem ter instalados equipamentos de dissuasão acústica para evitar as capturas acessórias de mamíferos marinhos”, lê-se num despacho da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM).

A arte-xávega consiste numa pesca artesanal, com recurso a redes de cerco.

Apenas o boto está classificado como criticamente em perigo, mas é necessário reduzir as interações com o golfinho comum.

Por outro lado, estão previstos mecanismos de abertura célere de rede em caso de captura acidental.

O diploma precisa ainda que os equipamentos de dissuasão acústica devem ter uma frequência aleatória na banda dos 50/60 kilohertz (kHz) e uma intensidade máxima de 145 decibéis (dB).

Estes equipamentos devem estar instalados pelo menos em cada calão e na boca da rede/engoladouro, em todas as operações de pesca.

Cada campanha deve dispor de, pelo menos, duas macas que facilitem o manuseamento dos cetáceos.

Em caso de captura acidental de um cetáceo deve ser contactada a Polícia Marítima.

Os equipamentos devem estar instalados e em funcionamento dentro de, no máximo, cerca de três meses.

Já os tripulantes devem frequentar ações de formação, concretizadas pelo FORMAR – Centro de Formação Profissional das Pescas e do Mar.






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