Leveza que sustenta: como o webercol flex lev impulsiona a construção de baixo carbono

Nos últimos anos, a transição para edifícios com baixa pegada ambiental ganhou um novo aliado nos estaleiros portugueses: a argamassa webercol flex lev, desenvolvida pela Saint-Gobain. O produto foi concebido com um objetivo simples, mas exigente: oferecer o mesmo desempenho de colagem de cerâmica e pedra, reduzindo ao mínimo o fardo ambiental que tradicionalmente acompanha estes materiais cimentícios.
A primeira diferença sente-se no saco. Com metade do peso para o mesmo rendimento face a colas convencionais, a argamassa diminui o esforço físico do aplicador, corta consumos de combustível no transporte e desce emissões associadas à logística e à obra. A leveza resulta de uma formulação que incorpora mais de 30 % de matérias-primas recicladas – subprodutos industriais que, em vez de irem para aterro, regressam à economia como inertes leves.
A Saint-Gobain recorreu a Declarações Ambientais de Produto (DAP), verificadas por entidades externas independentes e seguindo a norma EN 15804, para demonstrar que a redução de peso e de conteúdo virgem se traduz numa queda apreciável da pegada de carbono por metro quadrado de cerâmica aplicada; na prática, cada palete transporta o dobro de área revestida, poupando viagens e CO₂ emitido. A empresa aponta ainda para um redução de aproximadamente 50% nas emissões ligadas ao transporte e confirma a presença de 30% de materiais reciclados, reforçando a circularidade do ciclo de vida.
Dentro da fábrica, as métricas-chave que a equipa de sustentabilidade segue espelham esta preocupação: emissões de CO₂ absolutas, incorporação de reciclado e eficiência energética de produção.
Externamente, a companhia sentiu uma maior atenção dos clientes e parceiros para os diferenciais ambientais do produto, reforçando o diálogo sobre critérios sustentáveis na escolha de soluções de construção. Um exemplo concreto foi o aumento da procura do webercol flex lev em projetos com certificações ambientais como BREEAM ou LEED, em que o desempenho ambiental do produto é um fator decisivo.
Em janeiro o webercol flex recebeu o Prémio Escolha Sustentável 2025. O galardão não só consolidou o orgulho interno — as equipas falam num «senso renovado de missão» — como também abriu portas em cadernos de encargos exigentes, onde a ficha ambiental passou a ser critério-chave na seleção de soluções de colagem.
Embora o caminho exija persistência, os sinais são encorajadores. O adesivo leve comprova que é possível alinhar benefícios ergonómicos, vantagens económicas (menos transporte, aplicação mais rápida) e ganhos climáticos mensuráveis — uma tríade crítica para destravar a adoção em massa. Ao colocar métricas auditadas no centro da conversa e ao mostrar resultados tangíveis — como a incorporação de reciclado e a redução de peso —, a Saint-Gobain não só responde às exigências de um mercado cada vez mais atento, como contribui para puxar o próprio mercado para patamares de sustentabilidade mais ambiciosos.
Se, no arranque de 2025, o prémio serviu de megafone, a verdadeira mudança acontece agora, nos estaleiros onde cada saco mais leve cimenta — literalmente — a passagem de promessas ecológicas a práticas quotidianas.