Peixe apanhado em Fukushima apresenta níveis recorde de radiação
Um peixe apanhado nas águas próximas do principal reactor da central nuclear de Fukushima tinha mais de 2,5 vezes o limite legal de radioactividade permitido para consumo humano. O peixe foi apanhado pela Tokyo Electric Power Company (TEPCO) e apresentava os mais altos níveis de partículas radioactivas detectadas até à data – 25 mil becquerels por quilo.
Quase dois anos após o devastador terramoto e posterior tsunami que causaram problemas de funcionamento nos reactores nucleares de Fukushima Daiichi, os cientistas continuam a encontrar evidências de altos níveis de radioactividade na água perto do local.
Até 40% dos peixes analisados na área revelam ainda sinais de radiação, embora não tenham sido detectadas grandes anomalias físicas.
Segundo os cientistas, existem duas fontes de contaminação da água: as partículas radioactivas libertadas a partir de uma planta que se instalou no fundo do mar e o lençol freático que escoa para o oceano a partir da planta, como resultado do despejo de toneladas de água por dia nos reactores para os manter funcionais.
Segundo o Inhabitat, a TEPCO instalou já redes sob a superfície da água, de modo a impedir a migração dos peixes contaminados e mantê-los afastados do alcance dos pescadores e de outros animais.