Portugal desce no ranking climático, mas evolui de “suficiente” para “bom”

O desempenho português no Climate Change Performance Index (CCPI) evoluiu de “moderado” para “bom”, isto apesar do País ter descido do 12º para o 14º lugar.

De acordo com este ranking, que avalia as políticas ambientais de 57 países responsáveis por 90% das emissões de dióxido de carbono associadas à energia, nenhum destes países industrializados pode ser destacado como tendo um desempenho satisfatório no que respeita à protecção do clima.

E por isso, como explica a Quercus, não há vencedores – aliás, o relatório não atribui as três primeiras posições, sendo que o primeiro país a ser mencionado, o Brasil, surge no quarto posto.

Consulte o relatório.

Portugal obteve o 19º lugar na componente de tendência de emissões e o 15º em nível de emissões e políticas climáticas. Em 2008, recorda a Quercus, Portugal tinha ficado na 15ª posição global. Este ano, porém, foi ultrapassado por Malta e Suíça.

Ainda assim, esta á terceira melhor classificação portuguesa desde que o índice foi criado. De acordo com a Quercus, este lugar “reflecte o nível de emissões per capita relativamente baixas” e o facto de Portugal ter “um conjunto de medidas consignadas para reduzir as emissões”.

Os dados reflectem ainda “a crise económica e financeira” , que também contribui “para o País não estar longe do cumprimento do Protocolo de Quioto”.

Finalmente, e apesar de Portugal ter melhorado a pontuação na categoria de Energia, fruto do investimento nas renováveis, piora o seu desempenho na evolução do transporte aéreo e uso ineficiente da energia nos sectores residencial e industrial.

O ranking é liderado pelo Brasil, seguido da Suécia, Noruega e Alemanha. A última posição foi entregue à Arábia Saudita, enquanto Espanha ficou em 35ª lugar e os Estados Unidos, sem surpresa, em 54º.

Uma curiosidade: a Dinamarca caiu 16 posições, para o 33º lugar, fruto da sua política climática internacional e depois do insucesso da Cimeira de Copenhaga.